"No treino teve a resenha do Lionel Wesley. O Scarpa puxou e deu essa zoada (risos). Deu uma viralizada boa, foi bom. Eu até revi o lance do Messi e foi bem parecido sim, realmente. Nada mal ser comparado com ele (risos)", afirmou, ao ge.





O gol que rendeu a comparação foi feito pelo argentino na vitória por 3 a 0 do Barcelona sobre o Bayern, na semifinal da Liga dos Campeões de 2014 e 2015. Apesar da semelhança, o camisa 11 do Verdão não titubeou ao ser perguntado qual foi mais difícil.





"O dele (risos). Foi no Neuer, né?" brincou.





Wesley marcou duas vezes na vitória sobre a Chapecoense e foi o grande nome no triunfo por 3 a 1, pelo Brasileirão. Um desempenho importante para que o camisa 11 busque uma sequência similar a de seus melhores momentos na temporada passada.





Quando fala sobre o atacante, Abel Ferreira repete que é preciso paciência. Além de ter apenas 22 anos de idade, o palmeirense sofreu uma lesão séria no joelho esquerdo, que o deixou três meses fora, de novembro a fevereiro.





Nesta temporada, teve de lidar com uma pubalgia, também. Mas agora com mais tempo para treinar, Wesley não tem mais preocupação com a parte física.





"Desde o começo a gente teve a conversa com a comissão técnica, com o estafe do centro da saúde. O acordo era voltar aos poucos (após a final da Copa do Brasil) para ter o Wesley a 100%, não a 30% ou 40%. Por isso o pedido de calma. Acredito que preciso de mais tempo em alguns jogos para voltar aos 100%, mais treino, porque não estávamos tendo tempo antes, para trabalhar firme e voltar ao 100%", explicou.





"Com 24 horas de descanso entre os jogos, a gente não tinha tempo de fazer nada. Era casa, concentração e jogo. Hoje podemos chegar na academia com mais calma. Todo estafe de saúde sabe que eu preciso chegar um pouco mais cedo para fazer meus preventivos, fortalecer não só a pubalgia, mas o joelho, para não ter outra lesão, ganhar minutos e poder retomar a confiança do Abel para jogar mais tempo", completou.





O camisa 11 admite que teve dificuldades para se adaptar quando o Verdão passou a jogar com dois atacantes. Contra a Chape, ele atuou como gosta, bem aberto pela esquerda, com liberdade para buscar jogadas individuais.





"Tenho autoconfiança para fazer isso, até facilidade como alguns falam. E meus companheiros dão confiança de fazer o diferente na frente, ouço deles para ir para cima, tentar a jogada. Eu erro, eles apoiam, facilita para desenvolver a próxima jogada. Isto é bom para ganhar ainda mais confiança", contou.





"Sou um ponta de lança, mas a gente trabalha no dia a dia a comunicação, e é algo de se exaltar no Abel. Ele abre espaço para falarmos o que estamos sentindo. A gente chega e conversa, independentemente da formação, não é para o Wesley, é para o grupo. Depois de conversas pedindo movimentações, a gente vai se adaptando e com movimentações táticas nos treinos a gente vai desenvolvendo um pouco melhor para ajudar a equipe da melhor forma", completou.

Com 48 jogos e oito gols pelo Palmeiras, Wesley sonha alto. Sua ideia é seguir os passos de Dudu, que está voltando ao clube em que já fez 305 partidas.







"Eu almejo chegar na marca dos 100, 150 jogos. Até buscar e me espelhar no Dudu, buscar 300 jogos e virar ídolo do Palmeiras, com títulos, boas atuações e gols. Jogar no Palmeiras é difícil, vários que passaram não conseguiram se adaptar e não chegaram na marca. Vai ser de extrema importância continuar aumentando esta marca", concluiu.



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