– Ninguém me fez essa pergunta, mas dar parabéns pela exibição do Palmeiras, pelas quantidades que criou. Eu tenho que dizer isso, acho que tenho de falar mais do jogo. As perguntas não falam do jogo. Assim como vocês me criticam e bem quando faço asneiras, eu pergunto se alguém viu a qualidade do jogo de hoje, as oportunidades que criou com Dudu, Wesley, Breno, Rocha, Kuscevic, Felipe Melo. Não deveria ter ficado 1 a 0. Dar os parabéns ao time já que não teve pergunta nesse sentido, pelo jogo sério, eficaz, e enaltecer o goleiro do adversário, que se não fosse ele poderia ter saído com outro resultado – afirmou o treinador.



Ao ser questionado sobre a importância de Danilo, que um dos destaques do Verdão no confronto contra os chilenos, Abel fez um apelo para a diretoria do Palmeiras para que o meio-campista não seja negociado nesta janela de transferências.



– É mais um jogador da base, quando chegamos não jogava e essa equipe técnica teve coragem de meter a jogar juntamente com Zé Rafael. Fazem um bom casamento os dois. Já que estamos a falar do Danilo tenho de falar do Zé. O Danilo tem melhorado muito, focado nas tarefas, ouve muito... O que eu quero mesmo é que ele não saia e que fique conosco. Fique aí para a nossa diretoria (risos)... Fica aí uma manchete, um título que vocês gostam. Espero que esse jogador continue conosco durante muitos anos – disse o português.



Classificado para as quartas de final da Libertadores, o Palmeiras agora enfrenta o São Paulo na disputa por uma vaga na semifinal. O adversário venceu o Verdão na final do Paulistão e tem retrospecto favorável contra a equipe alviverde em jogos válidos pelo torneio sul-americano.



– Eu, primeiramente, pensei que ia me dar parabéns por passar à fase seguinte. Estava à espera dessa pergunta. Mas vou responder. Para mim não há tabus. Apesar de a história ser contra o Palmeiras, vamos procurar como desde que chegamos aqui mudar a história. É isso que vamos fazer.





Veja outros trechos da entrevista coletiva de Abel Ferreira:

Sugeriu algum nome para substituir o Viña?

– Sugeri o Renan, que está agora a jogar e fez uma grande partida hoje. É isso que temos de valorizar, o trabalho dos nossos jogadores, da base, da equipe técnica, do clube. Não posso não deixar de dizer da base, dos diretores, da coragem que é preciso ter para apostar nesses jovens. Não sei se vai ser o Jorge, o Manuel ou Joaquim, o que sei é que meus jogadores quando entram, seja lateral, ponta, estão comprometidos em ajudar a equipe. Não gosto de valorizar o que não tenho. Gosto de valorizar o que tenho. Não é o melhor do mundo, mas é o que eu tenho. Não sou o melhor do mundo, mas confio nas minhas capacidades. É isso que passo aos jogadores. Se vem ou não vamos ver. Primeiro é dar os parabéns ao Renan pelo excelente jogo que fez, pena não ter feito o gol porque merecia.







Melhor sequência do Palmeiras?

– No futebol é mesmo assim, altos e baixos. Temos de continuar equilibrados e focados no nosso trabalho. Desde que cheguei ao Brasil aprendi muito, sobretudo perceber que hoje sou o melhor e amanhã sou o pior. Hoje renovo contrato e amanhã vou ser despedido. Isso tem a ver com a cultura que tem. Há vários exemplos aqui, falo do Red Bull Bragantino, não é por acaso, há uma estrutura, ideia, caminho que precisa ser trilhado. Há muitos obstáculos pela frente, contra o CRB caímos na Copa. Não vamos ganhar sempre. O Palmeiras tem de jogar sempre para ganhar seja onde for e contra quem for. Tem sempre adversários do outro lado, adversários que fizeram também grandes investimentos. Vamos procurar ser equilibrados, nem oito nem oitenta. Somos os mesmos que ganhamos a Libertadores e a Copa, os mesmos que perdemos a Recopa e a Supercopa em pênaltis. É outra coisa que eu também espero rapidamente ter esse desafio e uma oportunidade para quebrar. Estamos aqui para proporcionar bons espetáculos como foi hoje, uma equipe segura, sólida e sabe o que está fazendo dentro de campo.

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