A vitória por 1 a 0 contra o Fluminense, no Allianz Parque, no último sábado, foi uma nova prova de que a pressão que antes rondava a Academia de Futebol hoje está com os rivais.





Antes de falar da partida contra o Fluminense, é importante mostrar que muita coisa mudou no Verdão desde o dia 23 de junho, quando o time alviverde foi derrotado pelo Red Bull Bragantino em Bragança Paulista, com direito a desabafo público de Abel Ferreira e resposta do presidente Maurício Galiotte.





Hoje com reforços e embalado por uma sequência de nove vitórias, com bom desempenho na maioria delas, o Verdão teve um resultado importante em um jogo difícil contra os cariocas. E jogou a obrigação aos concorrentes diretos, que precisarão correr atrás por pelo menos mais uma rodada no Brasileirão.





O jogo



A primeira etapa contra o Fluminense não foi aquilo que o torcedor palmeirense se acostumou a ver nos últimos jogos. Pressionada em casa, a equipe sofreu com os avanços do time carioca, principalmente pelo lado esquerdo, e teve problemas na marcação pelo meio. O bom toque de bola tricolor abriu espaços no meio de campo palmeirense, que precisou recompor mais e não teve poder de criação.





Antes do intervalo, o Palmeiras teve Gustavo Scarpa e Raphael Veiga bem distantes e sem aproximação. Em uma das poucas tentativas no ataque, Deyverson procurou o jogo pela esquerda e não teve nenhum companheiro próximo ou avançando para a área o cruzamento desviou na marcação.





A segunda etapa teve um Verdão mais participativo no ataque nos primeiros minutos, mesmo que desta vez a atuação de Deyverson não tenha contribuído no nível dos jogos anteriores. O gol nasceu em uma jogada de linha de fundo de Raphael Veiga, que contou com desvio de Manoel para construir o único gol da partida.





Com menos técnica e mais atenção, o Palmeiras se fechou na marcação e viu o Fluminense ter mais o campo para tentar o empate. O contra-ataque até funcionou uma vez, mas Willian parou no goleiro do Fluminense depois de lançamento de Dudu. Mas, com uma defesa cada vez mais sólida, o Verdão viu a pressão visitante se limitar a jogadas na área e pouco trabalho para Weverton.

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Abel Ferreira não esteve em campo no Allianz Parque. É provável que o treinador, se participasse da entrevista coletiva após a vitória, repetisse o discurso de que o futebol não pode ser "oito ou 80" ou de ser "o melhor ou pior do mundo dependendo do resultado".







É verdade que o Verdão não teve a melhor atuação, mas longe de ser oito. E também não pode ser 80 e visto como favorito em um campeonato marcado pelo equilíbrio. Se conseguir manter a tranquilidade e o padrão de competição, porém, é certo que continuará na luta por mais um título.



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