Paulo Nobre quer profissionalizar departamentos do clube
“Seu” Luiz, um senhor de mais de 70 anos, torce para o São Paulo. Irritado com a derrota no clássico de domingo, decidiu ver Goiás x Palmeiras logo em seguida. Apostou que o Verdão se daria bem no Serra Dourada. Viu que estava errado já aos seis minutos. E foi se irritando mais a cada gol goiano, como se torcesse pelo Alviverde paulista. “Isso não é possível!”.
O sentimento de pena já não é tão raro de se ver entre os rivais, sejam da velha ou da nova geração. É a pior coisa que poderia acontecer para o Palmeiras. Obviamente, muitos estão se divertindo com o novo vexame do lanterna. Outros tantos, porém, não estão. Há piedade, é melhor não tirar sarro, argumentam. “Chegou um ponto que já é trágico e não cômico”, foi outro comentário de um torcedor, corintiano, que ouvi.
Muitos torcedores palmeirenses já desistiram, não se revoltam mais como em vexames recentes – e são muitos desde 2001. A gestão Paulo Nobre rompeu qualquer barreira da incompetência. O único 6 a 0 sofrido em Brasileiros pelo centenário clube tinha acontecido em 1981, para o Inter. A derrota para o Goiás, clube menor do que o Colorado, é a pior da história. O Alviverde atual é o pior em 100 anos.
Lanterna de um campeonato fraco, o Palmeiras tem inacreditáveis 18 gols negativos de saldo. Duras 13 derrotas. Perdeu mais do que o Botafogo (12), que não paga salários e está fora da zona da degola. Em 2012, o Verdão terminou rebaixado com 22 tropeços e saldo negativo de 15. Era um time péssimo, mas com Barcos, melhor do que o atual.
Ninguém sabe escalar qual é o time titular do Palmeiras, que já teve quatro técnicos sentados no banco no Brasileirão. Culpa única e exclusiva da diretoria, liderada por Paulo de Almeida Nobre.
O time não pressiona ninguém, tem dificuldades em bater no gol. Toma gols dignos de equipes não profissionais. No Nacional, venceu o 19º, Criciúma (duas vezes, a duras penas – 2 a 1 e 1 a 0), Coritiba (1 a 0), Vitória (1 a 0), Figueirense (1 a 0) e Goiás (2 a 0). Notem a dificuldade que foi para conseguir as seis vitórias em 23 rodadas.
E no returno o Palmeiras ainda terá de jogar com Cruzeiro, São Paulo e Internacional, todos fora de casa. Prepare-se, palmeirense.
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