A falta de liberação do público por parte do governo do estado da Bahia não era o que os clubes do Brasileirão esperavam para esta semana. Havia confiança de que todas as praças da Série A teriam aval para o retorno da torcida. Assim, o cenário atual força os dirigentes a uma discussão que estava perto de ser superada: decidir manter ou não o acordo feito em 8 de setembro, que previa liberação da torcida na Série A só se 100% das sedes tivessem autorização.
O conselho técnico se reúne amanhã (28) junto à CBF, conforme programado. O cenário anterior era de união dos clubes contra o Flamengo, que tinha uma liminar a seu favor, mas a decisão caiu no STJD. Agora, as tratativas para presença de público avançaram com sucesso em quase todas as praças — até São Paulo, que tinha cenário complicado —, mas a Bahia permanece como exceção.
Os clubes têm a prerrogativa de mudar o acordo feito há 20 dias. Na ocasião, os 19 presentes firmaram a posição pela necessidade de ter 100% de autorização para aprovar o retorno da torcida na Série A. O Flamengo se ausentou da reunião.
Neste momento, a posição do Bahia é vista como crucial para o rumo da discussão. Se o clube não fizer questão, pode facilitar a aprovação, ainda que fique sozinho sem torcida. Mas o cenário não é simples, já que o tricolor vive uma crise financeira e técnica: há atrasos de salários e o time entrou na zona de rebaixamento.
Há quem cite outro ingrediente na discussão. Na reunião do dia 8, o presidente Guilherme Bellintani chegou a fazer a proposta de que o público voltasse quando houvesse 80% das cidades com autorização. Ele só mudou o voto para os 100%, proposta feita pelo Sport, ao ver que os demais estavam indo nessa linha.
Consultados pelo UOL, alguns presidentes de clubes não se mostraram convictos a respeito do que irá acontecer e preferem esperar o debate de amanhã. É um cenário diferente do no mês passado quando havia uma posição conjunta contra a volta do público se não fosse de todos.
"Vamos ver. Não tem o que dizer agora. Vamos ver a opinião do resto dos clubes. Pelo que decidimos na última, se não liberasse um, iríamos manter sem público. Mas vamos ver o que o pessoal diz. Se foi decidido na primeira reunião por causa de isonomia, vamos ver se os presidentes vão manter", disse o presidente do Juventude, Walter Dal Zotto.
2640 visitas - Fonte: UOL esportes
Só o Palmeiras não vai ter torcida não tou entendendo nada
Não sei se tem diferença, entre metrô trem e ônibus lotado, por 30% nos estádios
Não é o momento para ter torcedores nos estádios