Às vésperas da rodada final da fase de grupos do Campeonato Paulista, alguns times participantes estão questionando a nova fórmula do Estadual.
A falta de confrontos diretos entre as equipes de cada chaveamento deixará de fora das quartas de final clubes com maior pontuação do que o já classificado Penapolense.
Luiz Balbo, presidente do Rio Claro, e Luiz Fernando Teixeira, mandatário do São Bernardo, comentaram a situação à Gazeta Esportiva.Net.
Com 19 pontos nesta 14ª rodada, a equipe da cidade de Penápolis, na classificação geral por pontuação, está abaixo de quatro clubes até aqui não classificados às quartas. No grupo B, o Corinthians, com 21, não tem mais chances de chegar ao mata-mata.
Logo acima, o Grêmio Osasco Audax, com 23, precisa vencer o Linense neste domingo e torcer por um tropeço do Ituano diante do próprio Penapolense.
Na chave C, o São Bernardo também chega à rodada final sem possibilidades de conseguir uma vaga na próxima etapa, já que está com 20 pontos, atrás de Santos, líder com 33, e Ponte Preta, vice com 24 somados. “Essa fórmula se mostrou extremamente injusta. Eles (do Penapolense) já estavam com a classificação garantida lá atrás, com 18 pontos apenas. Enquanto isso, até mesmo o Corinthians, com 21, estará de fora”, lamentou o presidente do Bernô, Luiz Fernando Teixeira.
Já no grupo D, o Rio Claro encara a Portuguesa, neste domingo, torcendo por uma derrota do segundo colocado Bragantino diante do rebaixado Paulista de Jundiaí. Com 20 pontos, dois a menos que o Massa Bruta, o Galo Azul ainda sonha com as quartas, mas sabe que será difícil. “O problema foi a má sorte que tivemos com a tabela. Caímos em um grupo com times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Mas como pode até o Corinthians não estar classificado?”, questionou o presidente Luiz Balbo.
A ausência de uma tabela de pontos corridos ou confronto direto entre times do mesmo grupo incomoda Luiz Fernando, que prometeu agir para evitar que a mesma polêmica da pontuação volte a vigorar na edição de 2015 do Paulistão.
De acordo com o segundo parágrafo do artigo 5º do Estatuto do Torcedor “é vetado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva, salvo na hipótese de dois anos de vigência do mesmo”.
“Eu, com outras equipes, vou trabalhar junto à Federação Paulista de Futebol para podermos mudar esse formato para o próximo ano, mesmo com a exigência do Estatuto. Sei que 2014 é um ano de Copa do Mundo e a televisão também pediu mudança de calendário, mas temos que tentar melhorar as coisas”, analisou Luiz Fernando.
Seguindo a linha de raciocínio, Balbo acredita que são necessárias melhorias no futebol brasileiro em muitos aspectos, o que só será possível com a união das entidades com maior poder nessa modalidade. “A Federação e a CBF deveriam trabalhar juntas, assim como o Bom Senso deveria estar mais conectado a elas, para que as coisas prosperassem.”
Questionado, o gerente de futebol do Penapolense, Paulo de Carvalho, enalteceu a campanha de sua equipe e não acredita que outros times possam ter sido prejudicados com o novo regulamento do Estadual. “Cada grupo teve sua evolução. No nosso, por exemplo, o líder São Paulo, com 24 pontos, está atrás de cinco clubes na tabela de classificação geral (que não é levada em consideração).
Nós fizemos uma boa primeira fase, conseguimos ter uma sequência positiva, enquanto os adversários tiveram resultados adversos”, concluiu.
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