[LIBERTADORES] Vice-campeão, Dininho declara para quem vai torcer na final

23/11/2021 11:26

[LIBERTADORES] Vice-campeão, Dininho declara para quem vai torcer na final

Ex-zagueiro defendeu os dois finalistas de 2021 e foi vice-campeão da Liberta com o São Caetano. Dininho relembra fatos marcantes da carreira e relata dia a dia em fazenda no interior de Minas Gerais

[LIBERTADORES] Vice-campeão, Dininho declara para quem vai torcer na final

Decisão de Libertadores é algo marcante. Irondino Ferreira Neto sabe bem disso. Dininho, ex-zagueiro do São Caetano, que na sequência da carreira teve passagens por Palmeiras e Flamengo, quase foi campeão do torneio sul-americano pelo time do ABC Paulista. Hoje ele relembra o peso de estar em uma decisão desta grandeza e afirma que a dor por perder a final de 2002 ainda incomoda.



"Decisão de Libertadores é algo marcante. Irondino Ferreira Neto sabe bem disso. Dininho, ex-zagueiro do São Caetano, que na sequência da carreira teve passagens por Palmeiras e Flamengo, quase foi campeão do torneio sul-americano pelo time do ABC Paulista. Hoje ele relembra o peso de estar em uma decisão desta grandeza e afirma que a dor por perder a final de 2002 ainda incomoda", Dininho.


Antes da final da Libertadores 2021 entre Palmeiras e Flamengo, que decidem o título no Uruguai, no próximo sábado, o ge conversou com Dininho. O ex-jogador abriu o coração, lembrou de momentos marcantes da carreira e revelou para quem vai torcer na decisão.


"Joguei nos dois clubes... como não tem jeito de dar o título para os dois, eu vou torcer para o Palmeiras ser campeão. Tem que ser sincero, né?", declarou.


Final dolorosa

Sob o comando de Jair Picerni, o São Caetano atingiu o auge em 2002, quando encarou o Olímpia-PAR na decisão da Libertadores. Na partida de ida, no Paraguai, o Azulão venceu por 1 a 0. Bastava empatar o jogo da volta, em casa, para ser campeão. No Pacaembu, a equipe fez 1 a 0 no primeiro tempo, mas na segunda etapa tomou a virada e perdeu o título nos pênaltis.


"Pelo fato de ter ganhado lá em Assunção, eu acredito que, não por parte dos atletas, mas por parte da população de São Caetano e da diretoria tinha aquele clima de já ganhou, isso atrapalhou um pouco. Ainda fizemos o primeiro gol [no jogo da volta] e deu uma tranquilidade maior. Então, eu acredito que esse seja um grande erro que o São Caetano teve naquela noite, de achar que o título já estava nas nossas mãos", relembrou o ex-jogador, que não gosta nem de ver a reprise da final.


Ídolo no Azulão

Com mais de 300 jogos pelo São Caetano, Dininho era peça importante do time que passou a incomodar os grandes no início dos anos 2000. Na primeira temporada no clube, em 1998, o atleta treinava com a presença de um ídolo: o ex-zagueiro Luís Pereira, lenda do Palmeiras e do Atlético de Madrid, com passagem por Flamengo e seleção brasileira.


"O Luís Pereira era auxiliar técnico no São Caetano [em 98]. No rachão, ele com quase 50 anos, dava gosto de ver. A qualidade técnica dele era acima da média. Aquilo, para mim, era um meia, não era zagueiro. Sempre quando eu ia escolher o time, no rachão, ele era o primeiro que eu escolhia", conta Dininho.



Na equipe do ABC Paulista, Dininho teve oportunidade de aprender também com grandes treinadores. Um deles, o técnico Tite, que comandou o Azulão de agosto de 2003 até fevereiro de 2004. O comandante da Seleção Brasileira lembrou da importância que o zagueiro tinha para o São Caetano.


"Era um zagueiro pelo lado direito, o homem da caça. Com uma capacidade de concentração no jogo, de marcação ou de retirar do adversário em velocidade, com qualidade técnica. Tanto que quando eu fui para o Palmeiras [em 2006], um dos meus pedidos de contratação foi o Dininho. Quanto a sua personalidade e conduta, ele treinava sempre sério, mantendo o aspecto disciplinar, sendo um exemplo pouco falando, mas muito agindo".


“O zagueiro que tem a construção que hoje a gente fala, o Dininho tinha. Em antecipação, passe, velocidade e recuperação, o Dininho era impressionante”, elogiou Tite.


No fim de 2004, depois de sete temporadas no São Caetano, Dininho foi vendido para o Sanfrecce Hiroshima, do Japão.


São Caetano na época de Dininho



Passagem pelo Palmeiras

Depois de um ano e meio no Japão, Dininho retornou ao futebol brasileiro com a indicação de Tite. No segundo semestre de 2006, o jogador, que deu os primeiros chutes em um campinho na fazenda do pai em Itapagipe, no interior de Minas, realizou o sonho de jogar em um grande clube.


"O Palmeiras foi a realização de um sonho de criança. Eu até lembro que em um dos meus chutes no campinho do meu pai, a minha irmã Edilma disse “um dia você vai jogar no Palmeiras”. E olha que eu era santista. Mas quando trabalhei no Palmeiras, acabei virando palmeirense de coração", afirmou.


“É uma gratidão muito grande que eu tenho pelo Palmeiras. Marcou muito a minha vida essa passagem pelo Palmeiras”.


Dininho ficou praticamente dois anos no Alviverde e disputou 65 jogos. Ele conta que, naquele período, o clube começava a se estruturar e já oferecia boas condições aos atletas.


"Na minha época já era muito boa a estrutura. Um centro de treinamento excelente, gramado de qualidade, alimentação ótima com nutricionista de primeira, fisiologista. Então, tinha tudo que um atleta precisava. Tinha quadra de areia, foi a época que eles fizeram mudanças na academia. O que não era tão bom era o gramado do estádio [o antigo Palestra Italia]. Todo mundo reclamava que tinha que molhar", relembra.


Em 2008, Dininho fez parte do elenco campeão paulista. Logo após a conquista, ele partiu para um novo desafio: jogar no Flamengo.



Pouco espaço no Flamengo

Quando chegou ao time carioca, aos 32 anos, Dininho já não tinha o físico de antes. O jogador sofreu com problemas musculares nos últimos meses de Palmeiras, o que se repetiu no Flamengo. No rubro-negro, o zagueiro teve poucas chances.


"Infelizmente, sofri lesões e não tive condições de manter uma sequência de jogos e perdi espaço. Mas perdi espaço para dois grandes zagueiros que depois fizeram história: Ronaldo Angelim e Fábio Luciano. Nem questiono a questão de não ter sido titular porque machuquei muito e tinha dois grandes zagueiros também", analisou Dininho.


Pouco espaço no Flamengo
Quando chegou ao time carioca, aos 32 anos, Dininho já não tinha o físico de antes. O jogador sofreu com problemas musculares nos últimos meses de Palmeiras, o que se repetiu no Flamengo. No rubro-negro, o zagueiro teve poucas chances.


"Infelizmente, sofri lesões e não tive condições de manter uma sequência de jogos e perdi espaço. Mas perdi espaço para dois grandes zagueiros que depois fizeram história: Ronaldo Angelim e Fábio Luciano. Nem questiono a questão de não ter sido titular porque machuquei muito e tinha dois grandes zagueiros também", analisou Dininho.


O atleta ficou apenas seis meses no Flamengo, jogou oito jogos no Brasileirão e saiu do clube em dezembro de 2008. Para o zagueiro, a falta de segurança nos treinos pesava contra, já que os torcedores tinham fácil acesso ao local de treinamento.


"Na Gávea, o gramado não era bom e o torcedor tinha acesso muito fácil. Até no treinamento você era pressionado. Então, quando você chegava depois de uma derrota era terrível. Eu falo assim: aguentar pressão no Flamengo depois de uma derrota não é qualquer um que aguenta não", falou o ex-jogador.


"Jogo do ano"


No próximo sábado, Palmeiras e Flamengo disputam o troféu da Libertadores 2021, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Apesar do histórico nos dois clubes, Dininho declarou torcida pelo Palmeiras e opinou sobre o favoritismo em final de jogo único, em campo neutro.


"Ganha quem estiver no melhor dia. Por se tratar de final de um jogo só é difícil até apontar quem é o favorito. O Palmeiras mostrou uma força muito grande contra o Atlético-MG e o Flamengo já tem o histórico de melhor time do Brasil, os melhores jogadores. Então, é difícil de apontar o ganhador".


Vida no interior de Minas



Irondino Ferreira Neto é o caçula de uma família de sete irmãos. Desde que parou de atuar profissionalmente, em 2011, Dininho voltou para a cidade onde nasceu e foi criado, Itapagipe, munícipio de 15 mil habitantes no Pontal do Triângulo Mineiro.


"Meu pai tinha uma pequena propriedade, aqui perto da cidade, onde ele formou um campo de futebol no fundo da casa, no quintal. Ali dei meus primeiros chutes. Então, voltar para Itapagipe foi um projeto de vida. Minha família toda está aqui. E também voltar pra fazenda, cuidar das vaquinhas, coisa que eu sempre gostei muito".


“Depois do futebol, a atividade rural é a minha predileta. De tudo, eu sei fazer. De motorista de máquina até tirar leite na mão. É uma coisa que gosto muito”.


Aos 46 anos, Dininho revelou qual a maior saudade que sente da época de jogador profissional.



"Salário, né!? [risos] Brincadeira. Tenho saudade do rachão. O rachão é um momento de descontração no treinamento que a gente faz antes da concentração. Era uma coisa que tinha uma certa rivalidade, fazia o time para o ano todo do rachão e no final tinha até troféu. É uma coisa alegre do futebol. Tenho saudade dessa época", disse o ex-jogador, que concluiu a Licença B do curso de treinadores da CBF recentemente.



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