Neste sábado, porém, é certo que o camisa 7 será o atacante do Verdão na final da Libertadores e uma das esperanças de gol da equipe de Abel Ferreira na disputa contra o Flamengo, às 17h (de Brasília), no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai.


O atleta chegou como uma aposta para dar mais opção de drible e velocidade ao setor ofensivo palmeirense e virou solução. Foi na competição sul-americana que o atacante ganhou a confiança da torcida com atuações de destaque, participação em lances decisivos e a certeza de disposição tática.


Se em 2020 ele cumpriu sua função como atacante de lado, e mesmo assim foi decisivo, o atleta foi centralizado na atual temporada e ganhou a preferência em disputas com Luiz Adriano, Deyverson e Willian.


Com 11 gols marcados, Rony está a um de igualar Alex como maior artilheiro do Palmeiras na história da Libertadores. Em 20 jogos com a camisa alviverde no torneio sul-americano, o atacante soma 20 participações em gols.


Os números de Rony na Libertadores:

2021: nove jogos, seis gols e uma assistência
2020: 11 jogos, cinco gols e oito assistências


"A Libertadores é uma competição que qualquer jogador gostaria de disputar. Para mim, ter vencido todos os troféus de melhor em campo, estar entre os melhores das Américas, não tem preço. É uma competição que me dá algo a mais, não tem uma explicação, encaixa certinho. Acredito que a Libertadores e Rony é algo surreal (risos)", Rony, em entrevista ao ge, em setembro.


Não são apenas os números que fazem de Rony um titular quase que inquestionável hoje no Palmeiras de Abel Ferreira. É comum o atacante ter função tática elogiada entre membros da comissão técnica.


Com ele em campo, o time alviverde ganha mais poder de marcação na saída de bola do adversário e a possibilidade de uma variação importante. Contra o Atlético-MG, por exemplo, teve também a missão de completar a marcação e dificultar as subidas de Guilherme Arana. Depois de um empate sem gols no Allianz Parque e o 1 a 1 no Mineirão, o Verdão avançou para a decisão.


Por não ser um centroavante de origem, Rony quando atua como referência tem como mérito na visão de Abel a capacidade de atacar "a profundidade" e assim jogar a defesa adversária para trás com sua velocidade. Esta movimentação, mesmo sem bola, abre espaço para que Dudu, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa circulem mais próximo da meta adversária.


Mesmo que não seja sua posição de origem, Rony criou uma relação de confiança com Abel desde o primeiro contato entre os dois, depois da vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG no ano passado, quando o português estava nas tribunas e o atacante fez um dos gols.


O comandante foi ao vestiário e deu parabéns para o atacante, que à época ainda tentava se firmar no clube e ficou tocado pelo apoio. A partir dali iniciou-se uma confiança mútua.

Nesta temporada, Rony é o vice-artilheiro do elenco com 12 gols, cinco atrás de Raphael Veiga. Na Libertadores, é o principal goleador da equipe palmeirense, com seis bolas na rede.


A importância do atacante fez a diretoria não considerar a procura de um clube dos Estados Unidos em junho, mesmo que uma possível negociação representasse um retorno financeiro interessante ao Verdão.


No planejamento palmeirense, o atleta era avaliado como uma peça que não teria reposição naquela etapa da temporada. Depois disso, tornou-se a referência do ataque e valorizou-se ainda mais para Abel e sua comissão técnica.



Rony também disputa com Weverton, Raphael Veiga, Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol o prêmio de melhor jogador desta edição da Libertadores. Na passada, ele entrou na seleção do torneio.

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