De olho em colocar ainda mais seu nome na história, o Verdão quer conquistar seu terceiro título continental, o segundo consecutivo. Se levar o tri, vai se juntar a uma seleta lista de clubes que venceram por três vezes a Liberta, como São Paulo, Grêmio e Santos, que são os mais bem sucedidos brasileiros.


Mas além desses detalhes, o que mais potencializa a importância dessa decisão é o confronto entre essas duas potências do futebol brasileiro, que se reestruturaram financeiramente e são os clubes mais saudáveis do país. Desde 2015, quando o Palmeiras despontou a partir de sua reformulação, há uma rivalidade dentro de campo, com títulos, e no mercado de contratações.


Nos últimos anos, o Flamengo deu um pulo à frente, tomando a dianteira com contratações decisivas e com resultados contundentes, principalmente a partir de 2019. Mas é desde 2017 que o Verdão não vence o Rubro-Negro, ou seja, há um tabu considerável a ser derrubado pelos paulistas para buscar o título.


Por esses e outros motivos, há anos essa final tem sido imaginada, projetada e desenhada, mas não havia acontecido até o momento. Entre encontros e desencontros, e falhas de percursos, a dupla demorou a entender como jogar o torneio. A partir do momento em que esse conhecimento foi adquirido pelos dois, Fla e Alviverde dominaram os títulos de Liberta: Flamengo-2019, Palmeiras-2020, e Palmeiras x Flamengo, na edição de 2021 da competição.


Com esse tira-teima e essa final em jogo único, acaba sendo um cenário perfeito para uma equipe copeira como a do Verdão poder brilhar. Lembrando que por meio de uma estratégia inteligentíssima de Abel Ferreira contra adversários considerados favoritos como São Paulo e Atlético-MG, mas que acabaram sendo eliminados pelo Alviverde nas fases anteriores da Liberta.


Ganhar uma final como essa e registrar seu nome entre os maiores ganhadores de Libertadores é algo histórico, e certamente o Palmeiras de Abel Ferreira vai em busca dessa glória eterna, como a Conmebol chama o título do torneio. Para esse time "copeiro", nenhum obstáculo é tão grande para agarrar.



"Apesar de não ganharmos há mais de quatro anos (do Flamengo), temos uma oportunidade de fazer isso amanhã, e tem sido a minha chance no Palmeiras de fazer história. São estes jogadores aqui e agora que ganham. A história é rica, a história faz parte do passado, mas nós não vivemos da história. Da história vive o museu, vive o passado e respeitamos muito a história, mas quem ganha os jogos aqui e agora são os nossos jogadores, são os meus jogadores e é isso que nós vamos fazer amanhã, é esse o nosso propósito", definiu o treinador palmeirense em entrevista coletiva na última sexta-feira.

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