Wesley dá sua palavra ao grupo e vira homem de confiança de Dorival Júnior

Volante disse ao técnico que não acertou com nenhum outro clube e começou a reação contra a Chapecoense, depois de quase afundar o time no Pacaembu

Wesley marcou o gol de empate do Palmeiras contra a Chape (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)



Depois de um mês fora, Wesley voltou quinta-feira ao time, e viveu as mais diversas sensações contra a Chapecoense. Seu começo de jogo foi ruim, e poderia ter sido trágico, quando errou um passe na defesa na segunda etapa, e Fabinho Alves perdeu a oportunidade de fazer 2 a 0 para a Chape.



Cinco minutos depois, o volante recebeu a bola após um passe ruim de Valdivia e acertou o chute de perna esquerda que iniciou a reação alviverde. Na hora, ele foi comemorar com aquele que lhe deu um voto de confiança: Dorival Júnior.



Os dois haviam trabalhado juntos no Santos, em 2010, e desde que chegou, o comandante defende o jogador, em meio à dúvida de que ele não assinou sua renovação, pois já está acertado com outro time – o rival São Paulo. O camisa 11 negou a saída e se defendeu até em frente ao grupo.



– Eu o conheço há algum tempo, e perguntei duas vezes se a situação já estava definida. Ele me garantiu, na frente dos jogadores, que não tinha nada. Vou confiar na pessoa que eu conheço – disse o técnico alviverde.



Embora Paulo Nobre tenha até cogitado mantê-lo encostado, o treinador decidiu usar o meio-campista, que, ao empatar, apontou para Dorival e o abraçou depois do gol. Até a torcida, que em alguns momentos pegou em seu pé, passou a apoiar o jogador, que também participou do gol da virada. Quando substituído, foi aplaudido pelos quase 15 mil torcedores que foram ao Pacaembu.



Desde que Dorival foi cogitado como treinador, Wesley mostrou-se favorável à sua chegada. O volante é um dos que liderou o apoio ao técnico. O grupo está “fechado” com Dorival, e o palmeirense prefere falar apenas da equipe, sem pensar no que será do futuro, no Palmeiras ou não.



Seu contrato se encerra em fevereiro de 2015, e a permanência não está sendo resolvida facilmente. Dorival, porém, ainda fala em ter o jogador no restante do próximo ano.



– Há uma conversa adiantada, ainda não assinou com o Palmeiras, e é natural que venham propostas, mas vai priorizar o Palmeiras, pelo tempo aqui. Em nenhum momento ele me deu motivos para não acreditar em sua palavra – acrescentou.



Com um meio de campo atrapalhado por lesões, inclusive a recente de Wesley, a diretoria foi em busca de reforços e acertou com Washington. O camisa 11, porém, tem vantagem pela técnica e a relação com o atual comandante. É o homem de confiança do chefe. Uma de suas apostas para tirar o Verdão da situação complicada que vive.



A NOVELA

Negociação

As partes discutem a renovação há sete meses. A última oferta alviverde se aproximou do desejado (contrato de mais quatro anos, R$ 350 mil mensais e luvas de R$ 3 milhões), mas ainda não foi fechado o acordo. Wesley já pode assinar um pré-contrato.



Pular o muro?

No clube, cresceu o temor de que o São Paulo já tenha encaminhado um acordo com o jogador para 2015. Wesley nega, e Paulo Nobre chegou a contatar o departamento jurídico para que, caso fosse confirmada a assinatura com um outro time, o jogador ficasse encostado, o que não ocorreu.



Problemas

O jogador reclamou à diretoria de que foi pressionado por torcedores de organizada, mas no clube há dúvidas quanto à veracidade do problema.



Depois, o estafe do jogador reclamou de falta de proteção, o volante no Instagram avisou que não precisa de desculpas para sair. Mesmo assim, o presidente Paulo Nobre disse que o novo contrato está pronto, dependendo só da assinatura do jogador.

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