Geuvânio brilha, Santos bate o Verdão e garante Vila ao seu lado até o fim

23/3/2014 18:10

Geuvânio brilha, Santos bate o Verdão e garante Vila ao seu lado até o fim

Com duas assistências, meia chega a dez no Paulistão e garante melhor campanha na 1ª fase. Kardec joga bem, faz gol, mas esbarra em Aranha

Geuvânio brilha, Santos bate o Verdão e garante Vila ao seu lado até o fim

Valdivia e Bruno César, juntos, ocuparam a mesma faixa de campo (Foto: Marcos Ribolli)





Antes de o Campeonato Paulista começar, o GloboEsporte.com perguntou a Oswaldo de Oliveira o que o preocupava quando ele enfrentava o Santos, ainda técnico do Botafogo. Ele respondeu:



- A Vila Belmiro. Jogar aqui contra o Santos é muito difícil.



O feitiço agora está a favor do feiticeiro. O feiticeiro é Oswaldo, que fez do Peixe de Geuvânio, Gabriel e companhia o melhor time da primeira fase do Campeonato Paulista. Posto conquistado neste domingo com a vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, líder até então. E o feitiço é a Vila Belmiro, garantida como palco de todas as decisões da equipe daqui pra frente.



A partida única das quartas de final, contra a Ponte Preta, será dentro do alçapão - a data será confirmada nesta segunda-feira pela Federação Paulista. Se o Santos avançar, também jogará a semifinal em casa. Caso siga adiante, o segundo confronto da final vai ser disputado diante de sua torcida. Um baita trunfo para quem venceu os oito duelos na Vila, com 26 gols a favor e cinco contra.



Já o Palmeiras também assegurou o Pacaembu como palco das quartas diante do Bragantino e da semifinal, caso se classifique. Mérito de quem teve a segunda melhor campanha e um jogador completo como Alan Kardec.



Mesmo na Vila, ele mostrou seu arsenal: chutes, passes, cabeçadas... Foi pelo alto que ele diminuiu, no fim, e fez justiça ao bom segundo tempo do Verdão. Antes, Geuvânio roubou a cena. Deu duas assistências e chegou a incríveis dez no torneio, além de seis gols. As quartas serão disputadas no meio desta semana. Santos e Palmeiras serão favoritos.

O público na Vila foi de 12.179 pagantes, com renda de R$ 369.066,00.



Geuvânio, centralizado, se destaca



Por que Geuvânio parece enxergar mais do que os outros? Cabe estudo. O garoto começou o jogo abrindo espaço para grande jogada de Gabriel. O ato seguinte foi achar Alan Santos livre na área quando todos esperavam a bola aérea.



Quando veio o levantamento de seus pés, Neto subiu muito mais do que Marcelo Oliveira e abriu o placar. Pelo chão, o camisa 10 do Santos viu a penetração de Thiago Ribeiro num lance que poucos veem. O atacante ganhou facilmente de Lúcio na velocidade: 2 a 0.



Com proposta de jogo bem definida, compactação e velocidade no contra-ataque, o Peixe foi superior. A atuação do Palmeiras foi branda. Leandro deu dois belos cortes na área, deixou Alison caído, mas David Braz salvou. Valdivia e Bruno César têm qualidade, mas, juntos, ocuparam faixa muito centralizada, enquanto o anfitrião alargou o campo com Gabriel e Rildo. Ponto para Oswaldo.



Quem gosta de futebol precisa rever o chutaço de Alan Kardec e a defesaça de Aranha. Tudo superlativamente bonito. O atacante do Palmeiras se aproveitou da bola no ar e bateu com o lado de fora do pé direito. Ela saiu girando, girando, fugindo do goleiro, que buscou no ângulo. Ainda tocou a trave.







Eguren, do Palmeiras, e Alan Santos, do Peixe, discutem em campo (Foto: Marcos Ribolli)





Kardec jogou. Santos controlou



Gilson Kleina fez três substituições no intervalo sem usar o banco de reservas. Tiago Alves foi da zaga pra lateral direita. Bruninho saiu da lateral para ser volante, na faixa antes ocupada por Marcelo Oliveira, que se tornou zagueiro. Um carrossel alviverde no sistema defensivo.



Na frente, o que mudou foi a movimentação. E Alan Kardec, cogitado com justiça para a seleção brasileira, abriu rombos na zaga santista ao sair da área. Ele encontrou Bruno César nesse espaço duas vezes. Na primeira, Aranha saiu bem. Depois, David Braz evitou a primeira finalização do meia e, no rebote do próprio Kardec, o goleiro pegou mais uma.



O Santos jogou numa cadência de quem confia plenamente em sua força no estádio, mas incomodou até mesmo Oswaldo de Oliveira, que pediu mais empenho. Seu time observou o Palmeiras tocar pra lá e pra cá, com cada vez menos ímpeto, e esperou pelo apito final. Aos 43, porém, Kardec fez o gol de honra, de cabeça, aproveitando bom cruzamento de Juninho. A reação parou por aí. E o Santos fechou a primeira fase como líder geral, com o Palmeiras em segundo.









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