Cobrado pelos filhos, Prass revela angústia por não ter ajudado Verdão

8/10/2014 13:22

Cobrado pelos filhos, Prass revela angústia por não ter ajudado Verdão

Questionado sobre retorno por Caio e Helena, goleiro foi surpreendido com incentivo por volta: "Pensei que lamentariam a minha ausência nos finais de semana"

Cobrado pelos filhos, Prass revela angústia por não ter ajudado Verdão

Fernando Prass mostra o cotovelo direito, fraturado no início do mês de maio (Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)



Foram 156 dias de espera. Recuperado da fratura no cotovelo direito que o afastou por cinco meses, Fernando Prass está de volta ao Palmeiras.



No retorno, uma coincidência: o Maracanã. Foi no estádio, na derrota para o Flamengo, no dia 4 de maio, que o goleiro se machucou. E é nele que, nesta quarta-feira, contra o Botafogo, o defensor do Verdão voltará às atividades normais.



Após cinco meses fora, o experiente goleiro de 36 anos admite sentir frio na barriga pelo retorno. Ausente do time, Prass teve mais tempo para ficar com a família. Mas nessa semana ele recebeu cobranças dos filhos Caio e Helena.



- Eles vieram me perguntar se eu voltaria a jogar. Como eles sentem muita falta quando estou concentrado, pensei que eles estariam lamentando porque não teriam mais o pai no fim de semana. Perguntei: "Por quê?". Eles disseram que queriam que eu voltasse a jogar rápido, porque gostam de me ver jogando. Melhor, me motivou ainda mais - disse, em entrevista à TV Globo.



Enquanto Prass se recuperava da grave lesão, o Verdão foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Atlético-MG, e passou a lutar contra o rebaixamento no Brasileirão. Atualmente o time é o 15º colocado, com 28 pontos, e tem a pior defesa da competição, com 41 gols sofridos. O momento ruim da equipe tornou o período de inatividade ainda pior.



- Uma das coisas que mais me gerou ansiedade e preocupação nesse tempo parado foi isso, porque se o time estivesse em uma situação boa e tranquila não ia ter uma angústia tão grande. Fora, sem poder fazer nada, você fica impotente. Isso (momento ruim) desgasta e estressa muito mais - revelou.



Antes de Prass retornar, o técnico Dorival Júnior havia elegido Valdivia como capitão do time. Ter a braçadeira de volta não é algo que atormente o goleiro, preocupado em retomar o bom nível de atuações demonstrado antes da lesão. No início do ano, ele foi eleito o melhor goleiro do Paulistão e teve atuações de destaque nas primeiras rodadas do Brasileiro.



Desacostumado a ficar tanto tempo sem jogar, Prass relembra sua passagem pelo Vasco, no qual chegou a fazer quase 150 partidas consecutivas. Ele recorda ter sido desfalque em apenas duas oportunidades. Por isso, o período ausente foi mais difícil de ser superado.



Com Prass, Dorival e o Verdão esperam resolver o problema na posição. Desde a sua lesão, Bruno, Fábio e Deola foram testados, mas nenhum deles se firmou. Por isso, o clube contratou um novo preparador, Oscar Rodriguez, e Jaílson, goleiro ex-Ceará, de 33 anos.



- Futebol é coletivo. Não dá para creditar a um atleta só os erros. Eles são profissionais e já conviveram com jogadores sendo contratados e dispensados. Não vejo problemas. A chegada do Jaílson não significa que ele seja titular ou última opção. O Mazinho não havia obtido chances comigo, e de repente foi titular contra o Vitoria. Ele não sairia do time se mantivesse o rendimento. É circunstancial. O profissional precisa estar preparado para tudo, para manter uma média e, quando há uma situação desagradável, precisa ter força. Só depende deles - disse Dorival Júnior.



Nos últimos dias, Prass usou uma cotoveleira especial nos treinamentos para proteger o local da lesão. O goleiro passou por uma cirurgia para corrigir a fratura, ainda em maio, e depois foi submetido a outro procedimento, em agosto, para retirar os pinos da primeira operação. Por conta disso, o prazo inicial de retorno em agosto foi adiado.


3549 visitas - Fonte: Ge

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