Washington fará seu segundo jogo como titular (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)
Aos 25 anos, Washington já viveu de tudo. Passou pelo risco de não poder ser jogador após um acidente, a um período em que, sem clube, precisou até ser vendedor de chinelos. O volante, que se sente um vencedor depois de tantos percalços na vida, volta a ser titular do Palmeiras nesta quarta-feira, às 19h30, quando o time enfrenta o líder Cruzeiro para se afastar mais da zona de rebaixamento.
Religioso, o meio-campista diz que se sacrificou muito para chegar ao Verdão. O primeiro dos problemas ocorreu aos seis anos, quando foi atropelado e quebrou os fêmures de suas duas pernas.
– O médico disse para a minha mãe que não daria para eu praticar esporte mais. Jogar bola nem pensar. Aos olhos humanos, isso era impossível, mas, graças a Deus, só tenho tido vitórias – disse, ao L!Net.
Nascido e criado no bairro Brasilândia, na zona norte de São Paulo, Washington começou a carreira no estado, aos 16 anos, e mais uma vez ele, por pouco, não parou. Depois de sair do Figueirense, em 2011, o jogador teve dificuldades para achar um novo clube, e precisou até vender chinelos na rua.
– Esta foi mais uma fase difícil, depois do Figueirense. Fui vendedor, em vez de fazer o que eu sei. Mas a gente supera tudo – falou.
Foi pensando nesta redenção que o camisa 33 aceitou jogar no Palmeiras. Então jogador do Joinville, o volante foi trazido no fim do período de inscrições para o Brasileiro, com o Verdão em crise, e assinou um contrato de só três meses. Nada que fizesse o assustar.
– Minha vida sempre foi na base de lutas, de sacrifício. É um sonho que estou realizando. Quando vim muita gente falou: “olha a dificuldade que está o time“. Mas meus familiares dizem que a gente faz da dificuldade uma oportunidade, e graças a Deus é isso que seguimos - acrescentou.
Escolhido para a vaga de Marcelo Oliveira, que não pode atuar graças a uma cláusula contratual (o jogador está no clube emprestado pela Raposa), Washington jogou duas vezes no Palmeiras (quatro minutos ante o Botafogo e 90 contra o Grêmio): duas vitórias. Ter de parar o melhor ataque do Brasileiro é pouco perto de tudo aquilo que já viveu o palmeirense.
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