O presidente Paulo Nobre ainda mede bem as palavras ao comentar a depredação ao escritório do Avanti, programa de sócios-torcedores do Palmeiras. O ato de vandalismo ocorreu às vésperas do clássico contra o Santos, nas imediações do Palestra Itália, e inutilizou parte da carga total de 700 ingressos com privilégio de compra para os associados.
“A investigação precisa ser bem feita para não tomarmos nenhuma atitude errada. Ainda não se sabe quem fez isso”, comentou Nobre, nesta segunda-feira, ao ouvir que o episódio era relacionado a torcedores organizados.
Em atrito com as facções de fãs do clube, o presidente palmeirense passou a privilegiar os sócios-torcedores na hora de promover a divisão de ingressos. Após a depredação do escritório do Avanti, contudo, a notória maioria do público do Palmeiras na Vila Belmiro, no domingo, foi composta de torcedores organizados.
Ao mesmo tempo em que foi ponderado, Nobre também não se deixou levar pela pressão a mudar a política de vantagens aos sócios-torcedores. “Não cheguei a ver isso. Organizado ou não, o torcedor tem o direito de se manifestar de maneira correta, sem violência. Se eventualmente estivermos fazendo algo errado, o departamento jurídico do Palmeiras poderá se manifestar. Mas estou absolutamente tranquilo em relação a todas as nossas atitudes”, garantiu.
Para Paulo Nobre, as disputas por ingressos não deverão interferir no rendimento do Palmeiras no Campeonato Paulista. O time enfrentará o Bragantino às 21 horas (de Brasília) de quinta-feira, no Pacaembu, pelas quartas de final. “Os jogadores têm o cuidado de trabalhar só com o dia a dia. As pressões são apenas um dos vários problemas que envolvem o outro lado do futebol”, concluiu o mandatário.
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