Palmeiras apostou em retranca para segurar o ataque cruzeirense (Foto: Marcelo Hazan)
momento decisivo
47 min do 2ºT
Os palmeirenses já comemoravam a vitória quando, nos acréscimos, Dagoberto aproveitou rebote de Prass para deixar tudo igual no placar.
deu certo
Marcação
Artilheiro do Brasileirão com 14 gols, Henrique virou praticamente um volante no sistema adotado pelo Verdão. Para segurar o líder, Dorival apostou na retranca.
milagre
"São" Prass
O Cruzeiro pressionou e só não foi para o intervalo em vantagem no placar por causa de Fernando Prass. O goleiro salvou o Verdão com duas lindas defesas.
A força da pior defesa do Campeonato Brasileiro prevaleceu sobre o melhor ataque do torneio. Na noite desta quarta-feira, Cruzeiro e Palmeiras empataram em 1 a 1 no Mineirão em um resultado que, na teoria, foi muito mais comemorado pelos paulistas, que lutam para se manter fora da luta contra o rebaixamento, do que pelos mineiros. Na prática, porém, a Raposa teve mais motivos para comemorar já que conseguiu o empate nos acréscimos.
O resultado em Belo Horizonte levou a Raposa aos 60 pontos, na primeira colocação. A vantagem, porém, pode diminuir caso o vice-líder São Paulo vença a Chapecoense, em Santa Catarina, em partida que será disputada às 22h. O Palmeiras foi aos 35 pontos e se manteve com certa folga do Z-4.
Preocupado em se defender, o Verdão não teve vergonha de se retrancar na defesa para segurar o grande poder ofensivo do líder Cruzeiro. Apesar de pressionar durante grande parte dos 90 minutos, os donos da casa pararam em grande atuação de Fernando Prass. Nos minutos finais, porém, tudo mudou. Mouche deixou os paulistas em vantagem e, quando o triunfo fora de casa parecia decidido, Dagoberto igualou o placar nos acréscimos.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras terá confronto importante. No sábado, às 16h20 (horário de Brasília), o time do técnico Dorival Júnior encara o Corinthians, no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Cruzeiro defende sua liderança no torneio diante do Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC).
"São" Prass segura o líder
Sem Valdivia (suspenso pelo STJD), o Palmeiras entrou em campo com novidade: Bernardo foi titular do Verdão pela primeira vez desde que foi contratado em maio. Com Renato na vaga de Marcelo Oliveira e Mazinho no lugar de Cristaldo, o técnico Dorival Júnior deu indícios de que o objetivo do Verdão era fechar a defesa e contra-atacar.
A tática dos visitantes deu campo para o Cruzeiro avançar a equipe. Com todos os jogadores atrás da linha de meio de campo, o Palmeiras viu os donos da casa dominarem as principais ações. E foi aí que a estrela de Fernando Prass começou a brilhar. Depois de uma boa defesa em chute de Everton Ribeiro, o goleiro fez "milagre" aos 20 minutos. Após cruzamento da direita carimbar a trave, o alviverde evitou o gol da Raposa em dois arremates de Marquinhos, dentro da grande área.
Sem presença ofensiva, o Palmeiras apostou nos chutões para tentar aliviar a pressão. Apesar de bem posicionado na defesa, os paulistas deram espaço para Egídio avançar. Aos 36, o lateral apareceu na grande área e dividiu com Fernando Prass e Nathan. A bola tocou no braço do cruzeirense e foi para o fundo do gol, mas o árbitro Péricles Bassols anulou a jogada.
Minutos finais eletrizantes
Com Ricardo Goulart e Willian em campo, o Cruzeiro aumentou ainda mais a sua força ofensiva e apostou em seu quarteto ofensivo para manter o domínio do confronto. A tática deu certo, tanto que os donos da casa obrigaram Fernando Prass a continuar trabalhando com frequência na defesa palmeirense.
Quando o goleiro nada pode fazer, os paulistas contaram com a sorte. Um chute de fora de Willian e uma cabeçada de Marcelo Moreno passaram muito perto. Apesar de ter mais posse de bola, a Raposa, aos poucos, foi perdendo ritmo ofensivo. Sem a mesma intensidade, os donos da casa passaram a apostar nas jogadas pelo alto.
Com Mouche e Felipe Menezes, o Verdão aumentou sua aposta nos contra-ataques. E em uma jogada rápida conseguiu a inesperada vantagem no Mineirão. Henrique recebeu de Felipe Menezes e deixou Mouche na cara do gol. O argentino tocou no alto sem chance para Fábio. Pouco antes, Egídio tinha salvado gol em cima da linha.
No tudo ou nada, o Cruzeiro se lançou para o ataque e contou com o improvável para empatar. Nos acréscimos, Dagoberto aproveitou rebote e, com certa colaboração de Fernando Prass, deixou tudo igual no marcador.
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