A entidade se negou a esclarecer dúvida do Cruzeiro recentemente
Preocupada com a possibilidade de ser envolvida em denúncias, a CBF havia comunicado aos clubes que não responderia mais qualquer consulta feita em relação à condição de seus atletas, porém, decidiu voltar atrás. Até o momento, ela vinha orientando os dirigentes a recorrerem ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para conseguirem eventuais garantias e não enfrentarem qualquer problema no futuro.
Foi o que fez o Cruzeiro, que teve de aguardar praticamente um mês para poder, enfim, escalar Breno Lopes, ex-Paraná. A diretoria celeste recebeu nesta segunda-feira um parecer do tribunal.
Os atuais campeões brasileiros não estavam 100% seguros de que poderiam mandar o lateral-esquerdo a campo devido ao fato de ele já ter completado seis jogos por sua equipe anterior na Série B. O Regulamento Específico da Competição (REC) e o Regulamento Geral de Competições (RGC) não deixavam claro se o jogador tinha condições.
O reforço teve, inclusive, de ser retirada às pressas pelo supervisor de um dos compromissos do time, contra o Coritiba, ainda no aquecimento.
A princípio, a situação não deve mais se repetir.
"Temos de colaborar com os clubes. Hoje a obrigação de cuidar (do registro dos atletas) é deles. Não somos nós quem cuidamos. Nós entendemos que também podemos colaborar e estamos tentando fazer isso. Fizemos isso em São Paulo, durante quatro ou cinco anos, e deu certo. Só que o Nacional é muito grande. Não dá para comparar a FPF com a CBF. A Paulista é muito pequena perto do Brasil inteiro. São povos que entendem de forma diferente. Temos que aprimorar essa conduta", explica Marco Polo del Nero, vice-presidente da CBF, ao ESPN.com.br.
Ele assume o comando da entidade apenas em abril de 2015, mas deixa claro que o objetivo é dar total apoio aos times em episódios que possam prevenir novos casos Heverton - responsável pelo rebaixamento da Portuguesa no ano passado.
"(A determinação proibindo a CBF de responder aos clubes) Está suspensa. Não existe mais. O que o Carlô (Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico) falou foi suspenso. Já estamos respondendo. O que é que nós somos? Nós temos que prestar serviço aos clubes, às federações, essa é a nossa função. Não tem outra (alternativa)", conclui.
Manoel Flores, gerente de competições, chegou a assegurar verbalmente ao supervisor cruzeirense Benecy Queiroz que Breno Lopes tinha condição regular, no entanto, o presidente Gilvan de Pinho Tavares desejava contar na época com a informação por escrito e a entidade se negou.
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