Apesar do resultado adverso, o retrospecto geral diante do Corinthians é positivo. Em 363 jogos ao longo de 100 anos de história do clássico, foram 129 vitórias do Palmeiras, 110 empates e 124 do Corinthians.



O Palmeiras volta a campo neste domingo (16), às 11h, e recebe o Vitória-BA pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque.



O jogo



Desde o apito inicial, o ritmo do jogo foi arrebatado, com o Verdão mostrando entrega dentro de campo, entrando com firmeza nas divididas e partindo em direção ao ataque. Os cinco primeiros minutos da partida foram extremamente intensos, sobretudo por parte do Palmeiras.



A zaga do Alviverde foi um dos destaques do time no primeiro tempo. Aos seis minutos, o jogador Guilherme Arana chegou oferecendo perigo ao gol de Fernando Prass, mas a defesa palestrina se mostrou atenta na jogada.



Aos dez minutos, as jogadas arquitetadas pelo time do técnico Cuca já denunciavam a proposta de jogo ofensiva que o Verdão adotaria ao longo do certame. Centralizado no ataque, o Palmeiras finalizou três vezes: com o zagueiro Mina, de cabeça, aos oito, com o atacante Dudu, também de cabeça, aos dez, e com o lateral Egídio, que chutou de longe, obrigando o goleiro Cássio a trabalhar, aos 11.



A partir dos 15 minutos, só deu Verdão! O rival alvinegro praticamente não viu a posse de bola, enquanto o Alviverde, empurrado pelos mais de 39 mil torcedores – em clássico de torcida única – criava jogadas com Róger Guedes, Willian e Dudu no ataque.



Aos 22 minutos, o árbitro Leandro Pedro Vuaden viu Guilherme Arana cair na área palmeirense e marcou pênalti. Na cobrança, o meia Jadson chutou no canto direito de Fernando Prass, que até pulou para o lado certo, mas – por muito pouco – não conseguiu evitar o tento corintiano. (Palmeiras 0x1 Corinthians)



Na retomada da partida, Rodriguinho e Thiago Santos se encararam em lance confuso. Pendurado, o volante alviverde recebeu o terceiro cartão amarelo na competição e está suspenso da partida diante do Vitória, pela 14ª rodada.



Mesmo após sofrer o gol, o Verdão não se deixou abalar, e continuou seguindo a filosofia de jogar no campo de ataque do adversário. Aos 27, após Dudu ter sido advertido com cartão amarelo, Egídio cruzou pela esquerda para Mina, que finalizou de cabeça. Logo em seguida, aos 29, foi a vez de Bruno Henrique, de pé direito, arriscar de fora da área e assustar o goleiro Cássio.



Um lance polêmico chamou a atenção aos 32 minutos de jogo. Em contra-ataque, o camisa 7 palmeirense, Dudu, arrancou em direção à meta corintiana e, ao tentar efetuar um passe para consumar a jogada, a bola explodiu na zaga alvinegra e rebateu no braço do zagueiro Balbuena. O fato causou a revolta dos jogadores e da torcida presente no Allianz Parque.



Nos cinco minutos seguintes, o jogo pegou fogo. Os dois times trocaram jogadas ofensivas, mas ainda assim o Palmeiras continuou se impondo. Aos 41, após cobrança de escanteio – originado por uma jogada promissora de ataque –, o Verdão chegou muito perto do gol com Thiago Santos, que ficou cara a cara com o goleiro rival, Cássico, que levou a melhor na dividida. Foi a melhor chance do Palmeiras no primeiro tempo.



Na reta final do primeiro tempo, Zé Roberto e Raphael Veiga, a pedido de Cuca, se aqueceram à beira do campo, mas o Palmeiras foi para o vestiário com o mesmo time do início ao fim da etapa inicial.



Já no segundo período, o Verdão voltou com Borja no lugar de Bruno Henrique e partiu para o ataque de forma definitiva, com força total, reeditando a boa sequência de finalizações que vinha fazendo nos primeiros 45 minutos.



Aos 17 minutos do segundo tempo, por muito pouco o atacante Willian não deixa tudo igual, após aproveitar sobra de bola cortada pela defesa alvinegra com belo passe de Guerra para Borja. O camisa 29 aplicou um voleio que passou raspando a trave adversária. Foi a primeira grande chance do Verdão no jogo após a investida em jogada de escanteio nos derradeiros minutos do primeiro tempo.



Mesmo pressionando, o Palmeiras se viu novamente em condições adversas, quando Guilherme Arana, de pé esquerdo, dentro da área, em jogada de contra-ataque, chutou na saída de Fernando Prass e balançou as redes novamente aos 20 minutos. (Palmeiras 0x2 Corinthians)



Logo em seguida, Keno – que já estava preparado para entrar no jogo antes do segundo tento corintiano, substituiu o volante Thiago Santos. Com Róger Guedes, Dudu, Willian, Borja e Keno jogando na frente, portanto, o Palmeiras partiu para o tudo ou nada.



De certa forma, o segundo gol do rival mexeu com o ímpeto palmeirense. Apesar de continuar criando chances, porém, o Palmeiras não conseguiu se impor com a mesma autoridade do primeiro tempo.



Aos 35, Cuca ainda colocou Zé Roberto no lugar de Egídio para contar com a experiência do polivalente de 43 anos, na tentativa de articular jogadas no meio de campo do time, fazendo ligação direta com o numeroso ataque.



Nos dez minutos finais de jogo, a torcida palmeirense novamente pediu pênalti em dividida de Willian com Cássio, mas o juiz mandou seguir. E mais polêmica: o atacante Borja, que já havia se estranhado com o goleiro Cássio minutos antes, se envolveu em uma nova discussão (desta vez com Guilherme Arana) e foi advertido pelo árbitro com cartão amarelo. Sem mais jogadas promissoras, o jogo terminou com a vitória alvinegra.

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