25/7/2017 08:03

Herói da Copa do Brasil pelo Palmeiras trocou idolatria no Japão para ser destaque na Chape

Um dos heróis do Palmeiras na conquista da Copa do Brasil de 2015, quando fez o gol na vitória por 3 a 2 sobre o Internacional no duelo de volta das quartas de final, no Allianz Parque, Andrei Girotto era titular absoluto e ídolo da torcida do Kyoto Sangai, da segunda divisão japonesa, na última temporada.



O volante tinha sua foto estampada em diversos itens, como chaveiros, broches, canecas, cartões e figurinhas.



No começo deste ano, porém, ele resolveu deixar tudo para trás e voltar ao Brasil para defender a Chapecoense. A escolha não poderia ter sido mais acertada. O jogador é um dos destaques da equipe neste ano.



"Foi complicado. Tive uns problemas de saúde com minha mãe ano passado e no final do ano os caras do Japão falaram que iam ficar comigo, mas foi enrolando e surgiu a Chape. Aí, decidi em conjunto com a família em voltar esse ano. Para ajudar a Chape e ficar mais perto da família", justificou Andrei Girotto, ao ESPN.com.br.



Ele chegou a um time que havia passado por uma tragédia antes da final da Copa Sul-Americana de 2016, quando 71 pessoas morreram no acidente aéreo.



O elenco foi montado praticamente do zero, contando com empréstimo de vários jogadores, incluindo Andrei Girotto, cedido pelo Tombense-MG até o final da temporada.



"No começo foi muito complicado. O clima era muito pesado emocionalmente. Tinham os familiares dos jogadores, Neto, Follmann, Alan Ruschel e o Rafael Henzel. Nos colocávamos no lugar deles", analisou.



Apesar disso, em pouco tempo os resultados vieram. A Chapecoense foi campeã catarinense e fez ótima campanha na primeira fase da Copa Libertadores da América, sendo eliminada apenas por causa da escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio.



"A gente sabia da nossa responsabilidade de jogar futebol e ajudar na reconstrução do clube. Queríamos dar alegria para nossa torcia com os resultados, estávamos muito focados nisso. Foi muito emocionante ganhar o titulo logo de cara. Todos ficaram felizes por colocar o nome na história do clube", afirmou.



Desde que chegou ao time de Chapecó, o volante fez 42 partidas e 6 gols. Hoje, é um dos jogadores mais queridos pela torcida.



"É uma das melhores fases da minha carreira. Acho que venho jogando e retribuindo dentro de campo tudo que estão fazendo por mim. Estou me sentindo bem e em casa. fui muito bem acolhido por torcida, diretoria e companheiros de time. Estou muito feliz!", garantiu.



"Aqui o clima é diferente. Todo mundo para conversar contigo na rua. É muito legal morar aqui por causa desse carinho que toda cidade tem por você", contou.

Girotto virou ídolo Kyoto Sanga



Após um excelente começo no Brasileiro, a Chapecoense teve uma queda de desempenho que culminou com a saída do técnico Vágner Mancini.



Na última rodada, porém, a equipe bateu o Vitória no Barradão por 2 a 1 e se afastou da zona de rebaixamento.



"Agora estamos lutando para continuar fazendo um ano bom. Queremos ajudar nessa reconstrução. É muito importante para um clube que teve tantas perdas", disse.



Já na Copa Sul-Americana, a equipe enfrentará o Defensa y Justicia-ARG, na Arena Condá, na terça-feira. No Jogo de ida, o time argentino venceu por 1 a 0. Suspenso, Andrei Girotto não estará em campo.



"Sabemos que são dois torneios difíceis. Muita concorrência, mas jogamos cada jogo com um final para conquistar os pontos. Contra o Vitória somamos pontos importantes fora de casa. Queremos continuar com essa boa fase", finalizou.

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