30/12/2014 08:00

Sem chance no Palmeiras, destaque da base vai ao futebol japonês

Bruno Dybal, meio-campo do Palmeiras, será emprestado Ventforet Kofu

Há cinco anos, Bruno Dybal era apontado como "o futuro do Palmeiras". Um dos grandes destaques da base alviverde, o meia chamava atenção nos times juvenis e parecia que despontaria quando chegasse ao profissional.

Mas depois de fazer três jogos sob o comando do antigo técnico Gilson Kleina, ele foi emprestado para um time do interior de São Paulo para ganhar experiência. De volta ao clube, não conseguiu ganhar a confiança de Dorival Junior na campanha que livrou o Palmeiras de mais um rebaixamento.

Agora, ele está de malas prontas para o Japão. Com um contrato de empréstimo válido por um ano, Dybal se despede do alviverde com a esperança de encontrar seu caminho no Ventforet Kofu, uma equipe que alterna participações na primeira e na segunda divisões japonesas.

"Sempre admirei muito o futebol japonês, que vem em uma evolução muito grande ultimamente", disse o meio-campista de 20 anos. "Todo mundo só fala bem da organização do país. Espero que possa fazer um grande campeonato nessa nova etapa da minha carreira."

Apesar de ter tido poucas chances no Palmeiras, Dybal diz que não sai de São Paulo magoado. Para ele, o fato de não ter emplacado na equipe de Dorival Júnior se deve ao mau momento que o clube viveu no final da temporada.

"Tudo que eu tenho eu devo ao Palmeiras", afirmou. "Cheguei ao clube em 2005, são quase dez anos de clube. Saio agradecido e fico feliz por acreditarem no meu trabalho."

Além da oportunidade de efetivamente jogar, o que contribuiu para Dybal aceitar a oferta do Ventiforet Kofu foi um aumento salarial difícil de ser equiparado pelo Palmeiras. Segundo ele, seu salário no Japão vai ser três vezes maior do que ele ganha no Brasil.

Os japoneses não pagarão nada ao Palmeiras pelo empréstimo.

A ideia é que Dybal já viaje ao Oriente no meio do mês que vem. No clube, ele vai encontrar alguns brasileiros, além de um intérprete para ajudá-lo a se adaptar à nova vida. "No começo vai ser um desafio, mas pretendo aprender a cultura do país e quem sabe a língua", disse o palmeirense.