Palmeiras retorna com força e aprendizados para evitar crise na temporada.

Os aplausos da torcida após a eliminação do Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil, na última quarta-feira, resumiram o que foi o duelo no Allianz Parque. Mesmo com a queda, o time voltou a competir como em outros bons momentos e deu um alento ao torcedor que se via sem esperanças de uma reviravolta na temporada. O 1 a 0 não foi suficiente para o Verdão avançar para as quartas de final, mas pode ter sido fundamental para uma virada de chave. Para isso, porém, é preciso que o elenco absorva as lições que o mata-mata da Copa do Brasil trouxeram ao clube. E isso precisa acontecer de forma instantânea, já que o Palmeiras tem pela frente as oitavas de final da Conmebol Libertadores, na próxima quarta-feira, diante do Botafogo, no Engenhão.

Uma nova queda seria se afundar em crise, algo que o time viu que é possível evitar. Para isso, o principal fator que precisa mudar em relação ao duelo contra o Flamengo é a postura atuando fora de casa. No Maracanã, o Palmeiras foi irreconhecível e se mostrou completamente amedrontado. A derrota por 2 a 0 custou muito caro, e o time não teve forças para virar no Allianz Parque, mesmo jogando bem depois de algum tempo. O mau desempenho fora de casa foi crucial para a queda precoce. Portanto, se o Verdão quiser dar um outro rumo na temporada é preciso ajustar os erros longe de sua casa.

Já são quase dois meses sem vencer como visitante - a última foi contra o Atlético-MG, no Brasileirão, no dia 17 de junho. Uma boa prova de fogo antes de encarar o Botafogo será justamente diante do Flamengo. No próximo domingo, às 16h, os times voltam a se enfrentar, desta vez pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Maracanã.

Nova formação Na última quarta-feira, Abel também pode ter achado uma nova forma de atuar. O técnico surpreendeu ao iniciar o confronto com três zagueiros (Murilo, Gómez e Vitor Reis) e Raphael Veiga como segundo volante, deixando Felipe Anderson mais solto para armar as jogadas. A formação no meio de campo é mais ousada, e não deve se repetir tão cedo. Foi uma forma mais ofensiva que gerou pressão desde os primeiros minutos. Mas a linha defensiva deve ser uma tendência para a sequência da temporada.

A queda na Copa do Brasil nas oitavas de final é um banho de água fria para quem se reforçou para brigar por todas as competições em 2024. A lição que fica, porém, pode ter chegado na hora certa.