O débito que 23 times do futebol brasileiro têm com o Banco Central, cujo valor era, originalmente, R$ 81 milhões, aparece na casa dos 242 milhões. Isso significa um aumento aproximado de 198% do montante inicial. Em execução, o bolo é de R$ 115 milhões.
A origem da dívida está nas multas aplicadas por irregularidades praticadas em transferências internacionais de jogadores, como, por exemplo, uma transformação indevida de valores em outras moedas para o Real.
O Top5 do histórico do Banco Central tem Grêmio (com R$ 92,8 milhões), Paraná (R$ 25,8 milhões), Internacional (R$ 16,5 milhões), Sport (R$ 11,8 milhões) e Coritiba (R$ 11,3 milhões).
O cenário atual da dívida ativa dos clubes junto ao Banco Central foi entregue pelo próprio órgão à Comissão do Proforte da Câmara dos Deputados, que tenta desenvolver um projeto de quitação do débito das equipes junto à União.
– É um débito que tem que ser pago, indiscutivelmente. Vivemos em um momento no qual não pode haver mais escamoteamento de informações na contabilidade dos clubes.
O problema foi criado porque omitiram informações ao Banco Central – afirmou ao LANCE! o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que é relator da Comissão do Proforte.
Na visão do parlamentar, o volume de dívidas deixa claro um problema de conduta dos dirigentes dos clubes brasileiros:
– É inadmissível que isso aconteça. Mostra que há uma falta de transparência na gestão dos clubes.
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