Bastaram dois jogos no Allianz Parque em 2015 para o Palmeiras lucrar mais do que em todo o Estadual de 2014. No jogo do último domingo, contra o Corinthians, com um tíquete médio de R$ 91,69, o clube alviverde teve uma receita líquida de R$ 1,74 milhão, a mais alta do futebol brasileiro na temporada até agora. Com o R$ 1,08 milhão lucrado diante da Ponte Preta, no meio da semana passada, o Palmeiras chegou a R$ 2,8 milhões milhões e superou os R$ 2,2 milhões que lucrara no Estadual do ano passado.
O custo do Allianz Parque é significativamente maior do que o do Pacaembu, mesmo sem ter de pagar aluguel. A despesa média que os palmeirenses tiveram em 2014 nos dez jogos, da primeira fase à semifinal, foi de R$ 267 mil por jogo. Contra o Corinthians, o novo estádio demandou R$ 903 mil, e contra a Ponte, R$ 682 mil. A diferença fica por conta do torcedor. O tíquete médio no Estadual do ano passado no Pacaembu esteve em R$ 37,94, ante R$ 91,69 diante do Corinthians e R$ 71,50 diante da Ponte. Hoje nenhum setor da arena alviverde, mesmo com meia entrada, sai por menos que R$ 40.
Este início de temporada, com grande expectativa da torcida por causa dos reforços e com o efeito natural que a reabertura de um estádio causa, deixou o Palmeiras bem à frente dos adversários no quesito financeiro. O Corinthians, que também irá faturar mais do que no Estadual de 2014 por conta da também nova arena, teve receita líquida de R$ 539 mil no único confronto que disputou em casa e é o segundo no ranking de bilheterias do futebol paulista – com o adendo de que, diferente dos palmeirenses, toda a receita corintiana com bilheterias vai para o pagamento da construção da Arena Corinthians.
O São Paulo, com dois jogos de pouco apelo e tíquetes médios entre R$ 32 e R$ 34, lucrou R$ 214 mil até agora. O Santos, com uma partida na Vila Belmiro e uma no Teixeirão, ambas também com pouca atratividade e com ingressos entre R$ 29 e R$ 35, recebeu R$ 160 mil. Os dois clubes, com estádios envelhecidos e entradas mais baratas do que Corinthians e Palmeiras, ficarão para trás em faturamento.
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