O Ministério do Esporte promete colocar em prática medidas capazes de coibir e reprimir a violência no futebol. Em entrevista ao “Arena SporTV”, o secretário Marco Aurelio Klein afirmou que a pasta está empenhada em levar à prática uma coordenação entre todos os entes responsáveis pelo conforto dos torcedores nos estádios, o que envolve clubes, autoridades e órgãos policiais. O especialista admite, no entanto, que falta vontade política para que a articulação com um objetivo comum funcione.
- É preciso vontade política. A decisão do ministro é avançar. Envolver as pessoas, os clubes, as federações, as áreas de segurança e por essas pessoas para falar. O Estatuto do Torcedor foi regulamentado. Há avanços. Mas é preciso ter uma visão sistêmica. Há várias boas ideias, torcida única não é uma delas, mas isoladamente não tem o mesmo efeito. Passa pela organização do espetáculo, pela qualificação dos recursos humanos, seja na segurança, na catraca, na manutenção dos banheiros. Passa pela visão da população tem do futebol, que passou a ser visto como uma coisa desmantelada. É a única situação em que o cidadão coloca sua pior roupa para sair de casa - disse.
Autor do relatório “Preservar o Espetáculo, Garantindo a Segurança e o Direito à Cidadania”, de 2006, Klein destaca que a Copa do Mundo já pode ser apontada como um avanço na qualidade do futebol brasileiro. Segundo ele, mesmo sem fosso, os estádios têm registrado poucos casos de violência. Tendo trabalhado junto à comissão “Paz no Esporte”, o secretário revelou que o ministro George Hilton pediu que o documento fosse atualizado.
- A Copa do Mundo é um avanço. Nos trouxe a experiência, mesmo sabendo que há um resultado dramático, e ver o jogo sem alambrado, sem arame farpado, sem fosso. Mesmo naquele jogo difícil, com estado de violência, o Palmeiras perdeu o jogo. Sem alambrados, não houve invasão de campo.
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