Egídio posa ao lado do escudo do Verdão após ser apresentado (FOTO: Reginaldo Castro)
Egídio se mostrou aliviado durante sua apresentação no Palmeiras, nesta quarta-feira, na Faculdade das Américas, patrocinadora do clube. Eleito pela CBF o melhor lateral esquerdo do Campeonato Brasileiro de 2014, o jogador deixou o Dnipro sem receber nenhum centavo durante os três meses em que ficou na Ucrânia. Agora, quer aproveitar uma emergência em sua posição no Verdão para voltar a se destacar.
“Estou muito feliz e lisonjeado, de coração, por chegar ao Palmeiras com grande projeto, jogadores, estrutura e profissionais. Vamos brigar por títulos. Com certeza, vou dar continuidade ao prêmio que ganhei no ano passado e, agora, dar o melhor em prol do Palmeiras. Penso agora somente no Palmeiras, vou esquecer aquele time da Ucrânia que não fez bem”, disse Egídio, que recebeu a camisa 21 das mãos do diretor de futebol Alexandre Mattos, em evento que teve também a presença do presidente Paulo Nobre.
Se não deu certo na Ucrânia, Egídio chega ao Palmeiras cinco dias após João Paulo ter ruptura completa do tornozelo direito, diminuindo as opções no elenco para a lateral direita. “Infelizmente, o João Paulo se machucou, mas sei que a disputa pela lateral será grande, tem o Zé Roberto e o Victor Luis. Meu pensamento é jogar bola, em prol do Palmeiras. A partir de amanhã (quinta-feira), treino normalmente, e já estou preparado porque vinha jogando. Espero que meus documentos cheguem o mais rápido possível para eu poder atuar”, disse o jogador, que não deve regularizar sua documentação a tempo de atuar no Paulista, no qual as inscrições acabam no dia 10.
O atleta de 28 anos, hoje, chega a sorrir ao falar de sua passagem pela Ucrânia. “Não recebi nada, nada, nada. Como falam na moeda deles, nenhuma Grivnia”, contou o lateral, vendido pelo Cruzeiro ao Dnipro por 2 milhões de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) em janeiro.
“O Dnipro já tinha me procurado no meio do ano e recusei. Depois, aceitei mesmo com dois anos de contrato com o Cruzeiro porque era uma situação financeira muito boa. Abri mão de um lugar onde eu estava superbem, bicampeão brasileiro em um grande time do Brasil, sendo eleito o melhor da posição. Chegando lá, não foi nada disso”, lamentou.
“Passei sufoco, gastei dinheiro pessoal que tinha no Brasil. Se eu não viajasse com o clube, iam enrolar para me dar apartamento. Foram muitas coisas ruins. Deus e minha esposa me deram forças porque, sozinho, não dava para aguentar. Foram três meses muito frustrantes na Ucrânia”, prosseguiu.
Egídio, ao menos, foi titular do time que eliminou o holandês Ajax nas oitavas de final da Liga Europa, neste mês. “Se o clube tivesse cumprido o contrato, certamente eu estaria lá ainda. Fui um excelente profissional, cumpri com as minhas obrigações, deu o meu melhor e o time chegou a uma fase que nunca tinha passado na Liga Europa. Eles que erraram. Mas vou ficar com o lado bom da experiência: disputar um torneio grande na Europa, com estádios cheios e vencendo.”
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