MP foi assinada por Dilma Rousseff no último dia 19 de março (Foto: Agência Brasil)
A briga entre a CBF e o Bom Senso está longe do fim. O grupo que representa os jogadores divulgou nesta sexta-feira uma nota de repúdio ao posicionamento dos clubes e da entidade máxima do futebol brasileiro em relação à MP 671, a MP do futebol. Os cartolas se mostraram contrários a vários pontos apresentados no documento e alegam que a medida é uma imposição do governo, portanto seria inconstitucional. Em sua resposta, o Bom Senso rebate a tese e diz que o novo presidente da CBF, Marco Polo del Nero, está fazendo um “jogo sujo”.
- Em tramitação no Congresso, a MP 671 é acima de tudo uma lei corajosa, que ousou jogar luz nas sombras em que nossos cartolas construíram seu poder e onde pretendem manter o nosso futebol. Assinada pelo Planalto e elaborada com a participação de todos os setores do esporte, a lei exige que o refinanciamento da astronômica dívida dos clubes - estimada em R$ 4 bilhões - seja concedido apenas mediante a democratização das federações e da CBF e da gestão responsável nos clubes – diz a nota.
O Bom Senso crê que as contrapartidas previstas na MP não agradam a CBF e os clubes e por isso a entidade e os dirigentes tentam impedir a aprovação do texto. Os grupos não se entendem desde o início da discussão do tema, em novembro de 2013, quando o projeto foi apresentado na Câmara dos Deputados.
- Democracia, transparência e responsabilização. Esses são os três pilares da MP 671. É contra isso que a CBF tem lutado – declara o Bom Senso.
Confira a nota na íntegra:
Inconstitucional o escambau!
Aderir a MP 671 é opcional.
Muito antes de assumirem seus postos, Marco Polo Del Nero e seu secretário-geral Walter Feldman já haviam escolhido a principal batalha da CBF: impedir a aprovação da MP 671.
Em seu discurso de posse, o novo presidente joga sujo. Propositalmente confunde “contrapartidas opcionais” com “intervenção estatal”, tentando emplacar a tese da inconstitucionalidade da MP.
Em tramitação no Congresso, a MP 671 é acima de tudo uma lei corajosa, que ousou jogar luz nas sombras em que nossos cartolas construíram seu poder e onde pretendem manter o nosso futebol.
Assinada pelo Planalto e elaborada com a participação de todos os setores do esporte, a lei exige que o refinanciamento da astronômica dívida dos clubes - estimada em R$ 4 bilhões - seja concedido apenas mediante a democratização das federações e da CBF e da gestão responsável nos clubes.
Democracia, transparência e responsabilização. Esses são os três pilares da MP 671. É contra isso que a CBF tem lutado.
A tese de inconstitucionalidade da MP é absolutamente furada. As contrapartidas são facultativas e sua aplicação depende de prévio requerimento da própria entidade desportiva.
A mesma matéria já foi julgada pelo STF na ADIN nº 2937, quando por unanimidade, totalizando o placar de 9X0, o entendimento foi de que o conceito de autonomia não é absoluto, não se confunde com a noção de soberania e independência e deve sofrer os condicionamentos estabelecidos pelo Estado.
Bom Senso Futebol Clube,
Por um futebol melhor para todos
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