Caracterizado pelo estilo calmo, Oswaldo conseguiu passar a própria tranquilidade aos jogadores (Foto: Marcos Ribolli)
O Palmeiras encarou uma série de 31 jogos de invencibilidade do Corinthians na arena de Itaquera no último domingo. Após empate por 2 a 2 no tempo normal, o Verdão derrubou o arquirrival nos pênaltis e avançou à final do Campeonato Paulista. A estratégia do técnico Oswaldo de Oliveira ao trabalhar o psicológico dos seus jogadores foi fazer com que o elenco ignorasse ao máximo a pressão da torcida alvinegra e focasse o trabalho tático dentro de campo.
Após sair na frente, com gol de Victor Ramos, o Palmeiras caiu de produção e levou a virada, ainda no primeiro tempo. Foi para o vestiário com o Corinthians dominando a posse de bola e criando chances.
Voltou do intervalo com Cleiton Xavier no lugar de Lucas, um meio-campo completamente reorganizado em relação à etapa inicial. Buscou o empate, com Rafael Marques, e se consagrou nas mãos de Fernando Prass, que defendeu os pênaltis cobrados por Elias e Petros.
Caracterizado pelo estilo calmo, mesmo à beira do gramado, Oswaldo conseguiu passar a própria tranquilidade aos jogadores. Em situação adversa, o Palmeiras mostrou um poder de reação maior do que no último clássico contra o Corinthians, pela primeira fase do Paulistão, quando acabou derrotado por 1 a 0 em casa.
– O tempo todo ele (Oswaldo) falou para a gente que torcida não joga, torcida não segura a perna. É claro que é legal, bonito, entrar em campo e ter uma torcida apoiando, mas nós tivemos. E em alguns momentos nossa torcida cantou mais alto que a do Corinthians – afirmou o meio-campista Valdivia.
Até mesmo os jogadores mais experientes do elenco, como Fernando Prass, exaltaram a importância de manter a calma em um clássico decisivo. O goleiro lembrou o pênalti defendido em chute de Elias – naquele momento, o Palmeiras seria eliminado caso saísse o gol, já que o Corinthians havia convertido todas as cobranças anteriores, enquanto Robinho desperdiçou a primeira do Verdão.
– A adrenalina vai lá em cima. O que eu peguei era defender ou acabava. O mais difícil é manter sereno, calmo, para não perder o discernimento. Tem de tentar manter a calma para escolher a melhor opção – analisou o goleiro.
Antes do clássico, Oswaldo já havia deixado claro que, independentemente do tamanho da partida, válida pela semifinal do Campeonato Paulista, o elenco não deveria se intimidar com a situação adversa em relação ao mando de campo. No único outro clássico disputado fora de casa em 2015, o Palmeiras havia perdido por 2 a 1 para o Santos, na Vila Belmiro.
A decisão do título paulista será novamente fora de casa para o Palmeiras. Por ter retrospecto inferior ao Santos nas fases anteriores, a equipe faz o primeiro jogo da final em casa, no próximo domingo, dia 26 de abril, e vai à Vila encarar o Peixe no dia 3 de maio.
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