Oswaldo durante o empate com o ASA-AL, pela Copa do Brasil (Fotos: Ari Ferreira/LANCE!Press)
A estabilidade de Oswaldo de Oliveira no cargo de técnico do Palmeiras vem diminuindo desde o empate sem gols com o Joinville, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. A derrota para o Goiás, sábado, e o novo empate sem gols com o ASA-AL, nessa quarta-feira, ambos no Allianz Parque, incomodaram ainda mais a diretoria. Neste momento, Oswaldo e todo o departamento de futebol - exceto, claro, os dirigentes - estão "em observação", termo usado por pessoas do clube.
Não é segredo que Marcelo Oliveira, hoje correndo risco de demissão no Cruzeiro após a eliminação para o River Plate, na Copa Libertadores, é um nome que agrada sobretudo ao diretor de futebol Alexandre Mattos. Tê-lo disponível pesaria na decisão. O mesmo não se pode dizer de Vanderlei Luxemburgo. Desempregado após deixar o Flamengo, ele tem defensores no clube, mas está longe de ser unanimidade. Antes de trazer Ricardo Gareca, em 2014, a diretoria ouviu o que Luxa pensava sobre o Verdão. O então diretor-executivo José Carlos Brunoro defendia sua contratação, mas o presidente Paulo Nobre não quis.
O jogo contra o Corinthians, domingo, na arena do adversário, pode ser o último de Oswaldo. Mas uma possível troca de comando não está diretamente ligada ao resultado, até porque Alexandre Mattos, o gerente Cícero Souza e seus pares consideram muito mais grave tropeçar no ASA-AL do que perder para o rival. O principal será o desempenho da equipe. Mesmo em caso de derrota, a ideia é que Oswaldo seja mantido se os dirigentes julgarem que houve evolução ou se, nesta "observação", perceberem que o problema não é o técnico.
Para fazerem o diagnóstico, Mattos e Cícero estão analisando dados do departamento de desempenho e conversando com pessoas de diversos setores do clube: jogadores, comissão técnica e o próprio Oswaldo, por exemplo. Nobre tem dado autonomia total a Mattos e Cícero neste ano, mas é partidário da ideia de não derrubar treinador na primeira leva de resultados ruins.
A diretoria pode, por exemplo, concluir que antecipar a liberação de Valdivia para a seleção chilena que vai disputar a Copa América seja a melhor medida no momento. O desempenho do jogador nas últimas partidas desagradou muito a cúpula. Como Mattos não deseja renovar o contrato do jogador, que vence em agosto, ele pode até ter se despedido do clube contra o ASA-AL.
Outro ponto analisado é a baixa eficácia do setor ofensivo do time. A conclusão desta "investigação" pode fazer o clube acelerar a buscar por um centroavante, maior deficiência do atual elenco. Lucas Barrios, que pertence ao Spartak Moscou (RUS) e estava emprestado ao Montpellier (FRA), é o preferido. Mas ele disputará a Copa América pelo Paraguai e não chegaria tão rápido, o que pode gerar a busca também por uma opção mais imediata.
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