Dudu tem o segundo efeito suspensico para sua punição (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
O Palmeiras conseguiu nesta quarta-feira um novo efeito suspensivo para liberar Dudu da punição de 180 dias, confirmada na noite de segunda em julgamento no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo.
Agora, o atacante pode jogar contra o Vasco, no domingo, às 18h30, em São Januário. Enquanto isso, o Verdão vai entrar com um recurso para que ele seja julgado em última instância, no Pleno do STJD (Superir Tribunal de Justiça Desportiva).
No julgamento do recurso, após a punição inicial, o atacante recebeu a mesma pena por agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima, a quem empurrou após ser expulso no segundo jogo da final do Paulistão deste ano, contra o Santos, na Vila Belmiro.
Ele já tinha cumprido 15 dias dessa punição antes de ser liberado por um primeiro efeito suspensivo.
A próxima tática do clube pode ser entrar com pedido para que metade da pena seja revertida em serviço comunitário. Assim, o gancho seria de 90 dias. Pela expulsão, Dudu ainda tem um jogo para cumprir no Paulistão do ano que vem.
Entenda o caso
Indiciado por agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima, Dudu foi suspenso por 180 dias (pena mínima prevista no artigo) no julgamento realizado no dia 18 de maio. Depois de cumprir 15 dias da punição, ele voltou aos gramados por causa de um primeiro efeito suspensivo solicitado pelo departamento jurídico do Palmeiras.
No julgamento realizado na noite de segunda-feira na sede do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo, na Federação Paulista de Futebol, a defesa do clube não conseguiu mudar o artigo em que o lance vinha sendo julgado, de "agressão" para "ato hostil" ou "desrespeito ao árbitro".
Enquanto falava o advogado do clube, André Sica, foram exibidos vídeos de outros casos similares, como Petros, Thiago Heleno e Guerrero, todos em que a punição foi abrandada na decisão final. Sica pediu a mudança da primeira pena (em dias, válida para qualquer competição) para um número determinado de jogos no Paulista ou serviços sociais e multa.
– De qualquer ponto de vista, não houve agressão. Ele (Dudu) não teve intenção de machucar. O empurrão foi de apenas 3 km/h. O deslocamento do Ceretta (árbitro do jogo) foi de 32 cm. Se o filho de vocês os empurrar, o deslocamento vai ser maior que isso – afirmou Sica, em tom emocionado, o que irritou o relator, que pediu que o advogado do clube respeitasse os integrantes do tribunal.
Sica chegou a levar uma bronca dos auditores porque insinuou que eles tomavam decisões com base em "clubismo". Depois pediu desculpas.
Dudu não esteve presente no local durante a análise do recurso solicitado pela defesa alviverde. Segundo Sica, que pediu desculpas pela ausência, o caso tem atrapalhado o desempenho do atleta.
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