Andre Luiz de Freitas Castro deu cartão ao meia no domingo (Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Em 13 jogos no ano, Valdivia recebeu oito amarelos, estatística alta para um meia que vira até centroavante por ter responsabilidade reduzida na marcação. O jogador mais caro do Palmeiras admite ter culpa por reclamar demais, mas vê os árbitros predispostos a lhe mostrar o cartão em vez de punir quem comete faltas com a mesma rapidez.
“Tem jogadores que, quando fazem a falta, a mão do juiz vai rapidinho ao bolso para mostrar cartão. Mas, quando recebe, ela demora mais. Sou um deles”, disse o chileno, colocando D’Alessandro na mesma condição, citando que o argentino do Inter recebeu no sábado, contra o Vitória, sete faltas seguidas sem nenhum dos rivais serem punidos, mas levou amarelo na primeira infração que cometeu após a sequência.
“Fiz uma falta quase na área do Santos na primeira fase do Paulista e o Luiz Flavio de Oliveira me disse que deu cartão porque cortei um contra-ataque, apesar dos muitos metros de distância até o nosso arco. Contra o Criciúma, o Paulo Baier colocou a bola atrás da marca que o juiz fez com o spray, fiquei um pouquinho mais adiantado da linha da barreira, falei isso para ele e tomei cartão”, argumentou.
Valdivia só evitar dizer que é perseguido. “Se você perguntar para três jogadores de cada elenco, a maioria vai falar que se sente perseguido. O D’Alessandro e o Luis Fabiano responderiam isso. Mas não é perseguição”, defendeu.
O chileno, porém, pede cartão a quem participa de um rodízio de faltas. “Às vezes, sou injustiçado dentro do jogo em alguns lances. Para o marcador, é muito fácil dar uma porrada, depois vem outro bater... É comum essa troca de jogadores, e tem que ser punida”, cobrou.
De qualquer forma, o meia do Verdão promete falar menos com quem tem o apito na mão e prefere não ouvir ninguém. “Cada árbitro tem uma visão e uma atitude diferente, é o jeito de cada um. Tem juiz com quem dá para conversar e posso me expressar muito bem, mas, com outros, não. Apitam muito na torcida”, apontou.
“Daqui para frente, vou procurar tomar menos cartões amarelos, até porque a maioria foi por reclamar. Espero reclamar menos, ter menos amarelos, mais jogos, mais gols e ajudar mais o Palmeiras. Mas tomara que, quando tomo um cartão amarelo que não seja correto, também seja falado que eu não merecia tomar cartão”, solicitou.
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