Gabriel comemora seu gol marcado pelo Palmeiras contra o XV de Piracicaba
Nesta segunda-feira, o Palmeiras sofreu um golpe duro: exames apontaram uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo do volante Gabriel, que não joga mais no Brasileirão. O volante era peça fundamental do elenco alviverde; sua ausência vai gerar pelo menos cinco problemas para o técnico Marcelo Oliveira.
1) O entrosamento
Nos bons e maus momentos do Palmeiras na temporada, Gabriel foi titular – ele é o mais absoluto dentre todos os jogadores de linha do elenco. Em 2015, ficou em campo durante 3310 minutos – o único que o supera é o goleiro Fernando Prass. Em outras palavras, o meio de campo alviverde quase não jogou sem Gabriel, e terá que aprender a fazê-lo.
2) Perda do ladrão de bolas...
O volante é o jogador que mais desarma pelo Palmeiras no Brasileirão, e o terceiro do campeonato: são 57 desarmes, segundo o Footstats. Também é o terceiro em desarmes por partida, com 3,6. Sem ele, o alviverde perde seu principal ladrão de bolas, e um dos pilares da defesa, que sofreu 12 gols e é a segunda melhor do torneio.
3) E do motor do meio de campo
Além de roubar bolas, Gabriel é também o motor do meio de campo palmeirense. Ele é o jogador que mais deu passes na equipe em todo o campeonato brasileiro: foram 653. Além de pegar muito na bola, também mostra precisão: acerta 95% dos passes tentados. O substituto terá uma grande responsabilidade.
4) Substitutos pouco testados
O Palmeiras tem no elenco dois volantes de origem que poderiam substituir Gabriel: Amaral e Andrei Girotto. Os dois, entretanto, foram muito pouco testados na equipe. Girotto pouco jogou com Oswaldo, e atuou por apenas cinco jogos – 163 minutos – em 2015. Amaral apareceu em 12 – 409 minutos. Não importa qual escolha, é a troca do jogador que mais entrou em campo na temporada por um que teve poucas oportunidades.
5) Alternativa requer sacríficios
A alternativa para Marcelo Oliveira é seguir o que fez Oswaldo de Oliveira: recuar Robinho para jogar como volante e colocar Zé Roberto ou Cleiton Xavier na armação. Isso implica, porém, em dois sacríficios: primeiro diminuir a cobertura da defesa; depois, sacrificar Robinho. Jogando avançado, o meia é a principal arma ofensiva do time em 2015, com seis gols e dez assistências.
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