Choque-Rei opõe treinadores com filosofias de trabalho distintas

27/9/2015 11:29

Choque-Rei opõe treinadores com filosofias de trabalho distintas

Choque-Rei opõe treinadores com filosofias de trabalho distintas

Rodízio de Osorio será colocado à prova diante dos pilares de Marcelo Oliveira (Foto: Arte Gazeta Esportiva),/i>



Para quem se interessa pelo lado estratégico do futebol, o Choque-Rei deste domingo vai muito além da briga pela quarta posição do G4 do Brasileiro. Ao medirem forças no estádio do Morumbi, São Paulo e Palmeiras colocarão à prova dois métodos de trabalho completamente distintos. Pelo lado tricolor, o técnico Juan Carlos Osorio apresenta o rodízio que transforma a escalação de sua equipe em uma constante novidade. Já o Verdão leva a campo a disposição tática que Marcelo Oliveira mantém desde sua chegada ao clube.



Com passagens pelo futebol da Inglaterra e dos Estados Unidos, Osorio prioriza um time volátil e sem posições definidas. Tais características fizeram com que o colombiano não repetisse nenhuma escalação desde a estreia na vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio, em 6 de junho. Ele justifica o rodízio dizendo que há maior empenho e vontade por parte dos jogadores quando todos sentem que são titulares na equipe. “Nosso elenco não tem time titular. Ele faz esse rodízio para todo mundo entrar e dar sua contribuição ao São Paulo”, defende o meia Paulo Henrique Ganso.



Ganso tornou-se um dos poucos jogadores com a titularidade garantida no São Paulo, já que não há outro meia com características de armador no elenco. O goleiro Rogério Ceni e o atacante Alexandre Pato, que teve um pedido para jogar mais aberto atendido por Osorio, são os outros dois únicos atletas que contam com funções definidas. Por mais que o Tricolor esteja próximo ao G4, a torcida atribui ao rodízio a oscilação que tirou pontos importantes da equipe e eliminou as chances de título no Brasileiro. Os são-paulinos custam a entender as invenções do treinador que levam Michel Bastos à lateral esquerda e Carlinhos para o meio-campo.



“O professor trabalha com uma filosofia europeia. Joguei na Alemanha e vi isso ocorrer muitas vezes. Acontecia de um jogador ir bem, fazer uns dois jogos, e depois nem entrar em campo. É bom quando o grupo se sente importante, mas os atletas precisam de continuidade. Acredito que o Osorio está atento a isso para garantir a sequência e deixar o grupo forte”, disse Wesley.





No primeiro turno, o Palmeiras atropelou o São Paulo com uma goleada por 4 a 0 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



No Palmeiras, o rodízio é algo impensável. Questionado sobre os métodos são-paulinos, o lateral direito Lucas se mostrou confuso e pediu para não dar uma opinião sobre o assunto. “Não sei como é a característica e como eles entendem isso no São Paulo”, limitou-se a dizer. O distanciamento do atleta em relação à filosofia de Osorio se deve em grande parte à forma como Marcelo Oliveira vem organizando a equipe alviverde. O técnico procurou repetir em um primeiro momento a formação usada por seu antecessor, Oswaldo de Oliveira, mas aos poucos imprimiu suas preferências pessoais para consolidar um time titular.



Adepto da manutenção de alguns pilares entre os onze iniciais, Oliveira confia cegamente no futebol do goleiro Fernando Prass, do lateral Lucas, do zagueiro Vitor Hugo, dos volantes Gabriel e Arouca e do meia Dudu. As alterações que foi obrigado a fazer na equipe com o decorrer da temporada foram todas justificadas por questões médicas ou por suspensões. Mesmo quando coleciona desfalques, Oliveira dá preferência às características dos atletas que têm à disposição e evitar improvisá-los fora de suas posições de origem. Quando ficou sem volantes suficientes, por exemplo, o treinador requisitou a contratação de Thiago Santos, do América-MG.



Ao contrário de Osorio, Oliveira sabe de cor o esquema que usará até o final dessa temporada. “Contamos com o Lucas e o Rafael Marques pela direita, com a chegada de um volante. O Egídio ou o Zé Roberto jogam pela esquerda com o Gabriel Jesus. E o Arouca aparece para triangular”, diz o técnico alviverde. “É até paradoxal. Em um campeonato de jogos tão próximos, frequentes e desgastantes, é necessário rodar jogadores para usar todo o elenco, assim como o São Paulo tem feito. Ao mesmo tempo, você precisa formar um time e criar laços”.



No primeiro turno do Brasileiro, o Palmeiras goleou o São Paulo por 4 a 0, no Palestra Itália. Para apagar a péssima imagem que deixou no Choque-Rei anterior, o Tricolor se apoia em um retrospecto de 13 anos sem derrotas para o rival no Morumbi. Quem vencer o duelo desse fim de semana garantirá por mais uma rodada a quarta vaga do G4.


3351 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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