Sem patrocinador master há um ano, Palmeiras ainda perde "atrações"

Com problemas para achar parceiro fixo, Palmeiras ainda vê atletas usados pelo marketing terem saídas conturbadas do clube

Nobre ainda não conseguiu um patrocínio master para a camisa do Verdão (Foto: Marcos Ribolli)



Desde que assumiu o Palmeiras, o presidente Paulo Nobre coloca o marketing como uma de suas prioridades, tanto que tem Paulo Gregoraci, badaldo nome da publicidade brasileira, como diretor, além de Marcelo Giannubilo contratado para trabalhar no setor. Porém, na prática, os resultados não são o que a diretoria planejava, sobretudo na busca por um patrocinador master.



O clube completou nesta semana um ano sem ter uma marca fixa no lugar mais valioso do uniforme. A última vez que isso aconteceu foi em 27 de abril do ano passado, nas quartas de final do Paulista, contra o Santos. De lá para cá o clube até conseguiu alguns acordos isolados, mas segue buscando algo definitivo, o que está longe de acontecer.



No período, o Palmeiras também teve de lidar com outros "golpes" no marketing na gestão de Nobre. Quando o zagueiro e capitão Henrique saiu, em janeiro deste ano, era dele a camisa que mais era vendida nas lojas oficiais do clube. Antes, em fevereiro do ano passado, Barcos, jogador palmeirense com mais apelo na ocasião, também deixou o Alviverde de forma conturbada.



Agora com a Alan Kardec a perda é ainda maior. Ele também era o que tinha o uniforme mais comprado pelos torcedores. Mas não ficava nisso. Era o principal garoto-propaganda do elenco. Ele estrelava um comercial do Avanti, programa de sócio-torcedor do clube, ao lado de Evair, foi usado como modelo na apresentação do terceiro uniforme, entre outras ações.



A reportagem tentou entrar em contato com o departamento de marketing do Palmeiras. Por meio da assessoria de imprensa, o clube disse que Kardec era tão usado quanto outros jogadores em ações para atrair a torcida, algo que seguirá acontecendo, e o único embaixador oficial do Avanti é o ex-goleiro Marcos. Também não acredita que venderá menos camisas sem o atacante.



Por outro lado, vale ressaltar que Nobre conseguiu alavancar o programa de sócio-torcedor do Verdão. Se antes ele praticamente não existia, agora já são quase 40 mil inscritos, sendo o sétimo maior do Brasil, de acordo com números do "Movimento por um futebol melhor".



Mesmo assim, são várias as críticas ao departamento de marketing do clube por conta da demora em conseguir o patrocinador principal. Um acordo poderia render entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões aos cofres do clube por ano, levando-se em conta os valores do último contrato. Dinheiro que fez falta para segurar Alan Kardec, por exemplo.

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