Marcos diz entender postura de Alan Kardec.Foto: Reprodução/
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A novela Alan Kardec não terminou com um desfecho positivo para o Palmeiras. Perder o artilheiro da temporada no ano do centenário para um rival direto foi um duro golpe para torcida alviverde. Com o torcedor e ídolo Marcos, não foi diferente.
O ex-goleiro admitiu que passou um breve momento de raiva com saída do atacante. Mas, baixada a poeira, diz que não viu falta de ética do São Paulo.
– Eu acho que não. A partir do momento em que a Fifa libera o jogador para assinar um pré-contrato com outro time seis meses antes do término do atual, não se está fazendo nada de errado. Foi um momento de raiva. Eu fiquei com raiva também, o cara é importante para o nosso time – disse Marcos, durante evento de um patrocinador, em São Paulo, nesta quarta-feira.
O ex-goleiro acredita que a saída de Kardec do Palmeiras foi circunstância do futebol e que todos os envolvidos defenderam seus interesses de maneira correta durante as negociações.
– (A culpa) É do futebol em si. Acho que todo mundo fez a sua parte: o São Paulo, que viu o jogador com dificuldade de renovar o contrato, foi lá e fez uma oferta, e pode se fazer isso no futebol. Conhecemos isso "desde 1900 e bolinha"; o Palmeiras, que, hoje, mantém uma política de oferecer ao seu jogador o que pode pagar e não deixar para o próximo presidente uma dívida que não é dele; e o Kardec, por ser um profissional, um bom jogador, um cara bom de grupo e que não pode ser taxado de mercenário porque fez uma escolha profissional.
Para o ex-goleiro, a situação vivida por Alan Kardec é algo comum para qualquer profissão, mas apenas o jogador de futebol costuma receber o rótulo de mercenário.
– Acho que 99% da população brasileira, se estiver trabalhando numa empresa e tiver uma proposta melhor de outra empresa do mesmo segmento, aceita e não é mercenário por causa disso.
O único fato lamentado por Marcos foi a posição adotada pelas diretorias dos dois clubes envolvidos, que alimentaram um clima de guerra nos bastidores, com declarações fortes dos dois lados.
– A gente tem de levar como uma coisa normal do futebol e não ficar fomentando este ódio entre São Paulo e Palmeiras para o torcedor, porque isso acaba resultando em morte depois e ninguém ganha nada com isso.
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