A Taça Libertadores: ao contrário da expectativa da imprensa, Palmeiras tem razões de sobra para entrar com favoritismo
Após o sorteio dos grupos da Libertadores, a imprensa, de forma geral, já apontou seus favoritos ao título. Em nenhuma delas constava o nome do Palmeiras; há até quem duvide que o Verdão se classifique à próxima fase.
Como opinião é igual a “cabeça” e cada um tem a sua, segue uma lista com dez motivos pelos quais o Palmeiras é, sim, um dos favoritos ao título. E ser favorito não significa que vai ganhar, mas sim que é um dos times com mais chances, junto com outros à escolha de cada um.
1. A eleição está marcada para novembro, mas o clube, por enquanto, vive um clima de inacreditável tranquilidade política. Junte a isso uma estabilidade financeira, que permite que os salários e prêmios permaneçam sempre em dia, e o moral elevado pela conquista recente, e temos todos os elementos fundamentais para exercer o protagonismo;
2. A reforma do elenco está caminhando a pleno. Já foram confirmados sete reforços, restam mais duas ou três contratações para concluir o processo; enquanto isso, os outros times ainda estão engatinhando; vão fazer como sempre tudo na correria em janeiro, não trarão exatamente quem precisam e pagarão mais caro que gostariam;
3. Mesmo trocando várias peças, mantivemos a base do time titular; o entrosamento pré-adquirido nos coloca mais à frente ainda dos concorrentes, que perderam peças-chave ou que lidam com troca de treinador;
4. O elenco terá a oportunidade, em janeiro, de jogar um minitorneio no Uruguai, numa espécie de simulador da Libertadores, o que já vai colocar time e torcida no clima da competição antes de começar pra valer, duas semanas depois;
5. O sorteio colocou em nosso grupo times com camisas importantes e torcidas fanáticas, o que fará com que o Palmeiras esteja sempre disputando jogos grandes – e os times não são exatamente fortes como os brasileiros ou os grandes da Argentina, não devemos perder muitos pontos e poderemos ficar bem classificados para o mata-mata, fazendo valer o mando. É bem melhor que fazer partidas contra times minúsculos, que tem cara de fase inicial de Copa do Brasil e tiram o embalo;
6. O sorteio também favoreceu nossa logística: jogaremos em Montevideo, Santiago e Rosário. Todas as viagens são relativamente curtas e sem altitude ou clima desértico;
7. Ao vencer a Copa do Brasil, o Palmeiras provou que mesmo sem estar com o time 100% arrumado, é muito forte no mata-mata, usando bem a força do Allianz Parque nesse tipo de confronto. Se vencemos uma competição mata-mata com os melhores times do Brasil, por extensão poderemos vencer contra qualquer time da América Latina, sobretudo porque estaremos mais fortes ainda;
8. Um dos fatores mais importantes que provocaram o desequilíbrio do time foi a lesão de uma das principais peças do elenco. Pois em fevereiro está prevista a volta de Gabriel aos campos, e podemos esperar que o time volte ao esplendor tático que exibiu sobretudo no mês de julho;
9. O enorme respeito que o Palmeiras goza junto aos times sul-americanos. Não existe time nesta Libertadores que não reconheça a força do Verdão e a dificuldade de se ter nossas camisas verdes pela frente. Somos muito mais respeitados lá fora do que aqui;
10. Conforme mencionado na abertura do texto, a imprensa continua desdenhando. Não aprendem. Ótimo, o grupo já mostrou que sabe usar bem esse desdém como combustível para buscar o máximo de motivação. Ao que parece, veremos mais máscaras ao final do campeonato. VAMOS, PALMEIRAS!
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