Nobre destaca mudanças, fala sobre reforços e sonha com time imbatível

25/12/2015 11:05

Nobre destaca mudanças, fala sobre reforços e sonha com time imbatível

Dirigente cita transformação no clube nos últimos anos e ressalta importância do apoio dos sócios. Ele espera conseguir dobrar as adesões em breve

Nobre destaca mudanças, fala sobre reforços e sonha com time imbatível

Paulo Nobre comemora mudanças e pede presente de Natal ao torcedor (Foto: Diogo Venturelli)



– Palmeirense, o que eu posso dizer para você é (tenha) calma, tranquilidade. Estamos trabalhando muito para ter o time que vocês e nós queremos. 2015 será verde.



A frase foi dita pelo presidente Paulo Nobre, em janeiro deste ano, em entrevista à TV Globo, dois dias após o Palmeiras superar os rivais São Paulo e Corinthians e acertar a contratação do atacante Dudu. Quase um ano depois, o dirigente acredita que cumpriu a promessa e já sonha com um 2016 ainda melhor.



Das três competições na temporada, o Verdão chegou a duas finais e conquistou o título da Copa do Brasil. A revanche contra o Santos, que levou a melhor no Campeonato Paulista, foi em grande estilo: recorde de público da arena, vaga na Libertadores e até gol marcado por Fernando Prass.



Em entrevista ao GloboEsporte.com, o presidente Paulo Nobre mandou nova mensagem aos torcedores e pediu um presente de Natal. Tudo para tornar o Verdão um time imbatível.



– Continuem com calma. Conseguimos demonstrar que estamos no caminho certo, e as conquistas acabam acontecendo de uma forma natural. Peço ao palmeirense para ir ao estádio e nos ajudar em tudo o que criarmos de propostas, de novas fontes de receita. Se conseguirmos dobrar o número de sócios-torcedores, o Palmeiras pode ficar imbatível – disse o dirigente.



Confira alguns trechos da entrevista do presidente Paulo Nobre ao GloboEsporte.com:



As mudanças no Palmeiras

– A reconstrução se iniciou em 2013. O meu primeiro mandato foi aquilo que falamos de fazer lição de casa. O clube estava numa situação falimentar, na segunda divisão. Com 25% (de receita) você não consegue nem pagar a luz, água, o porteiro... Quando eu assumi era final de janeiro, em 15 dias começava a Libertadores. O torcedor queria ganhar, eu também queria. Muita gente falava que não passaríamos da primeira fase, passamos e ficamos no Tijuana, naquela infelicidade. Eu queria ganhar, mas não se planeja uma Libertadores em 15 dias. Que bom que no primeiro do segundo mandato já mudou completamente a presença do Palmeiras no mercado do futebol. Conseguimos brigar por grandes contratações, montar um elenco competitivo e chegamos a duas finais do ano. O presidente consegue enxergar muito bem toda evolução e fica muito satisfeito. Mas o torcedor Paulo Nobre é igual a qualquer palmeirense. Chegamos a duas finais, mas, e aí, não vamos ganhar? Se você não ganha a final é o primeiro dos derrotados. Essa é a cultura do futebol.



Voltando a ser protagonista

– Conquistamos credibilidade com a torcida e depois com o mercado. O palmeirense pode não concordar com tudo o que fazemos, mas nunca deixou de apoiar. Tudo o que aconteceu no sócio-torcedor é um fenômeno. Não existe dúvida de que 100% do dinheiro do Avanti vai para o futebol, que dirigente aqui não leva porcentagem das coisas que acontecem, não tem mau uso do dinheiro. As pessoas podem até não concordar com o que fazemos, mas não existe desconfiança em relação a honestidade e transparência. Isso influencia o mercado como um todo. 2014 não foi um ano brilhante para o Palmeiras. Brigamos até a última rodada para não cair. Teve um relatório de um banco falando que o Palmeiras era um dos piores clubes para se investir em 2015. Mesmo assim, vieram os patrocinadores Talvez esse tenha sido um dos grandes méritos que essa administração conseguiu.



Empréstimo pessoal

– Sempre disse que eu não tenho orgulho de ter emprestado dinheiro e ajudado o clube numa situação difícil porque, na minha opinião, o clube não pode depender de qualquer dirigente. Porém, não encontrei outra solução naquele momento. Mas tudo foi equacionado para o Palmeiras poder, dentro das suas possibilidades, ir devolvendo o dinheiro sem que isso prejudique outras administrações. Irá atingir outras administrações. Se vai tudo ser pago em oito ou 18 anos, depende de fatores externos, como a curva de juros do mercado, a receita que o clube venha atingir futuramente. Se as receitas crescerem mais que a curva de juros, o prazo vai diminuir. Se for ao contrário esse tempo aumenta. O que não pode acontecer é o Palmeiras gastar mais que 10% da sua arrecadação para poder saldar esse dinheiro. Se isso acontecer, o clube acaba prejudicando. O que eu passei quando ganhei a eleição, que foi pegar um quadro só com 25% da receitas no primeiro ano e 70% na segundo, inviabiliza a administração. Fizemos de um jeito que isso não vai acontecer com os próprios presidentes.



Reestruturação financeira

– As cotas de televisão ainda são a maior fonte de receita. Temos os patrocinadores, mas passamos dois anos sem. Temos o programa de sócio-torcedor, que faz toda a diferença, e a receita de bilheteria, que foi espetacular neste ano. Juntando tudo isso, conseguimos pagar salário em dia, ter um time competitivo, andar com as próprias pernas. Era fundamental essa conquista para mostrar que é possível se administrar com coerência e responsabilidade, montando um bom time e sendo campeão.



Importância da torcida

– Jogar em casa faz toda a diferença. A relação que o palmeirense tem com o Palestra, com o Allianz Parque, é muito forte. Eu lembro muito quanto o Palestra Italia ajudou o Palmeiras em 1999 e vejo como o Allianz Parque ajudou em 2015. É fundamental jogar em casa.



Contratações com patrocinadores

– Falar de grandes jogadores ou renomados é algo meio subjetivo. Eu sempre digo que o Messi, quando chegou ao Barcelona adolescente, era desconhecido e depois se transformou no que se transformou. Todo grande jogador tem um momento até ele vir a ser reconhecido pelo grande publico. A função do Palmeiras é contratar jogadores que possam dar retorno esportivo. As contratações que estamos fazendo são para deixar o elenco, que já foi campeão em 2015, ainda mais forte e mais competitivo em 2016. Quando você pergunta de contratações com a ajuda da patrocinadora, quero deixar claro: a Crefisa, a FAM e a Prevent Senior pagam religiosamente o maior patrocínio do Brasil hoje. Eles não têm obrigação de investir em jogadores. O que aconteceu em 2015 é que o Palmeiras viu a necessidade de fazer uma ou outra contratação que não tinha condições, e eles vieram ajudar.



Podem ajudar de novo?

– É até injusto deixar o palmeirense na expectativa de que, além de pagar tudo o que eles pagam, fiquem investindo em jogador. Temos até um canal aberto com eles para caso seja necessário em algum momento, mas o Palmeiras tem a obrigação de andar com as próprias pernas. Eu cobro muito do palmeirense que se torce um sócio Avanti, porque cada Avanti a mais é um Palmeiras mais forte e andando com as próprias pernas. Exigir ou se decepcionar porque o patrocinador não trouxe esse ou aquele é injusto. O palmeirense tem de agradecer muito a essas três empresas que entraram num momento ímpar do clube. Ninguém estava acreditando, e eles acreditaram. O Palmeiras não vai ficar abusando da boa vontade dos patrocinadores.





Presidente comemorou conquista da Copa do Brasil ao lado dos jogadores, em campo (Foto: Ale Frata/Agência Estado)



Elenco pronto para 2016?

– Acredito que até o começo da pré-temporada as contratações que estamos planejando fazer já estejam concluídas.



Respeito no mercado

– O Palmeiras virou bolas da vez, o que já não era há algum tempo. Quando um jogador está no mercado, ele é oferecido ao Palmeiras. Talvez não oferecemos os melhores salários do mercado, mas aqui o mês tem 30 dias. Se o jogador não vier, virá outro. Não é difícil um jogador querer jogar no Palmeiras. O Palmeiras é hoje um dos clubes que os empresários procuram.



Manutenção da base

– Se você consegue manter uma base que acabou de ser campeã, é um grande trunfo para a próxima temporada. Mas sempre deixei claro desde a minha primeira gestão que não tem nenhum jogador inegociável. Se vier uma boa proposta para o clube e para o jogador, não há por que o negócio não acontecer. Não vejo o Palmeiras perdendo, vejo o Palmeiras fazendo um negócio, o que é normal no futebol. As contratações para 2016 serão eventuais justamente para aproveitar todo o entrosamento desse elenco que já vem junto.



Trabalho de Marcelo Oliveira

– Quebrou o tabu (desde 1976, apenas Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Murtosa haviam conquistado títulos no Palmeiras). O Marcelo foi a quatro finais de Copa do Brasil, sendo que duas com o Coritiba, uma com o Cruzeiro e uma com o Palmeiras. Ele ganhou dois títulos brasileiros com o Cruzeiro, agora tem três conquistas nacionais seguidas. Ninguém atinge esses resultados com sorte. Muito competente, bom técnico. Conquistou tudo no Cruzeiro, mas o ciclo acaba, é normal no futebol. Estou muito satisfeito com ele. Acredito que técnico tem de ter tempo para desenvolver o trabalho. Mas aprendi também que, em certas situações, não se pode ser mais realista que o rei. Às vezes, a coisa começa a patinar, e a troca é necessária.



Libertadores é a prioridade?

– Prioridade são todos os jogos, temos de buscar os pontos, respeitar os torcedores que vão aos jogos. Todas as competições nos interessam e vamos buscá-las.



Vai continuar ajudando depois do fim do mandato, no fim de 2016?

– Vou colaborar, com certeza absoluta. Mas depende muito do próximo presidente querer ou não a minha colaboração, ou de que maneira vai querer a minha colaboração. Estou sempre à disposição do Palmeiras.



Metas para o próximo ano

– Em 2015, foi muito legal ter sido campeão da Copa do Brasil, mas não faz sentido terminar em nono o Campeonato Brasileiro. O centro de excelência (instalações com espaços mais modernos, piscinas, hotel) nunca foi planejado para terminar em 2015, acreditamos que podemos terminar em 2016 e será um legado que pode ser deixado para o futuro. Se não for usado nesta administração será positivo para as futuras administrações.



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