Chapéu, revelações e adeus do Mago: o ano de 2015 do elenco palmeirense

31/12/2015 10:48

Chapéu, revelações e adeus do Mago: o ano de 2015 do elenco palmeirense

Temporada foi de grande mudança no Verdão. Entre muitas chegadas e partidas, time de Marcelo Oliveira fechou o ano com título nacional. Veja análise

Chapéu, revelações e adeus do Mago: o ano de 2015 do elenco palmeirense

Palmeirenses festejam a conquista da Copa do Brasil, no começo de dezembro (Foto: Marcos Ribolli)



Reconstrução. Assim pode ser definido o ano de 2015 do Palmeiras. Depois de disputar a Série B em 2013 e lutar contra o rebaixamento até a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2014, o Verdão promoveu uma grande reformulação no departamento de futebol profissional.



No total, foram 25 jogadores contratados, mais de 20 atletas negociados, nova diretoria e duas comissões técnicas. O resultado de todo esse trabalho acabou dando resultado no dia 2 de dezembro, quando a equipe alviverde conquistou o título da Copa do Brasil e garantiu uma vaga na disputa da Libertadores da América do ano que vem.



Dentro de campo, Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira tiveram de trabalhar com um elenco grande. Entre as chegadas, destaque para Dudu, que desembarcou ao clube em janeiro enquanto era disputado pelos rivais Corinthians e São Paulo e acabou como um dos heróis do título nacional – ao lado de Fernando Prass.



Com 13 pratas da casa aproveitados no profissional em 2015, a base voltou a ter grande espaço no Palmeiras – Gabriel Jesus e Matheus Sales fecharam o ano como titulares nas decisões contra o Santos. Nas despedidas, Valdivia encerrou sua segunda passagem pelo Verdão em agosto, entre polêmicas com a diretoria e mensagens aos torcedores.



Veja abaixo análise de cada jogador do elenco alviverde:



GOLEIROS



Fernando Prass (68 jogos): escreveu seu nome na história do Palmeiras em 2015. Depois de ser o herói da vitória alviverde na semifinal do Paulistão contra o Corinthians, em Itaquera, ele foi um dos grandes destaques do título da Copa do Brasil. O goleiro de 37 anos brilhou na semifinal contra o Fluminense e fez o gol do título palmeirense na competição mata-mata, contra o Santos, na disputa por pênaltis. Renovou por mais dois anos.





Fernando Prass foi um dos heróis do Palmeiras na Copa do Brasil (Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO)



Aranha (1 jogo): depois de sofrer com a ausência de Prass por motivos de lesão em 2014, o Verdão apostou no ex-santista como opção para o gol. Mas, com contrato válido por um ano, se despediu do clube com apenas uma partida.



Fábio (2 jogos): foi utilizado somente no fim da temporada, quando Marcelo Oliveira optou por priorizar a Copa do Brasil. A falha contra o Flamengo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, fez o torcedor palmeirense recordar os momentos de angústia da temporada anterior.



Jailson (3 jogos):chegou como opção no fim de 2014 e agradou à comissão, tanto que prorrogou o contrato. Dentro de campo, porém, atuou apenas três vezes. Perdeu o fim da temporada por causa de uma lesão no tendão de Aquiles do pé direito.



LATERAIS



Lucas (56 jogos / 4 gols): chegou como homem de confiança de Oswaldo de Oliveira e não saiu mais do time. Em boa fase, foi até especulado na seleção brasileira durante parte da temporada. Vestiu a braçadeira de capitão em alguns jogos depois da chegada de Marcelo Oliveira.



João Pedro (16 jogos / 1 gol): fechou 2014 como uma das poucas boas notícias do Verdão no ano do centenário do clube. Mas após perder a pré-temporada por causa da disputa do Sul-Americano sub-20 com a seleção brasileira, voltou como opção para a lateral e não conseguiu sequência. Teve uma sequência de falhas defensivas importantes na reta final do Brasileirão, mas entrou como titular na segunda decisão da Copa do Brasil, contra o Santos.



Lucas Taylor (4 jogos): começou o ano atuando como atacante no sub-20 e fechou a temporada campeão da Copa do Brasil como lateral-direito. Entrou na "fogueira" em algumas rodadas do Campeonato Brasileiro e na decisão da Copa do Brasil. Não decepcionou. Mostrou personalidade e agradou.





Aos 41 anos, Zé Roberto renovou com o Palmeiras até o final da próxima temporada (Foto: Marcos Ribolli)



Zé Roberto (51 jogos / 7 gols): começou como lateral, foi eleito o melhor da posição no Paulistão, acabou deslocado para o meio de campo e, no fim da temporada, retornou para a ala esquerda. Capitão do Palmeiras, foi a referência de liderança dentro e fora de campo. Aos 41 anos, renovou com o Verdão até o fim de 2016, mas tem futuro incerto.



Egídio (36 jogos / 1 gol): foi contratado no fim do Paulistão, depois da lesão no tornozelo de João Paulo. Começou como peça importante na lateral, com boas assistências, mas caiu de produção e sofreu com a irregularidade do setor defensivo. Criticado pela torcida, virou reserva no fim da temporada.



João Paulo (16 jogos): foi considerado apenas como opção do início ao fim da temporada. Não fez o suficiente que justificasse a sua permanência no clube em 2016. Deu duas assistências, na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, na última rodada do Campeonato Brasileiro.



Victor Luis (11 jogos): perdeu espaço na grande reformulação do elenco palmeirense e acabou emprestado para o Ceará. As boas partidas na Série B do Campeonato Brasileiro convenceram Alexandre Mattos, que já confirmou o atleta no grupo para 2016.



Ayrton (6 jogos): voltou de empréstimo e foi reintegrado ao plantel por Oswaldo de Oliveira. Mas, com poucas chances, acabou acertando com o Flamengo. O contrato dele com o Palmeiras vence nos primeiros dias de janeiro e não será renovado.



ZAGUEIROS





Vitor Hugo foi o único titular absoluto da defesa neste ano (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



Vitor Hugo (58 jogos / 8 gols): era uma incógnita para a torcida e não decepcionou. Foi o único titular absoluto da defesa palmeirense durante toda a temporada. Além da eficiência na marcação, mostrou habilidade para fazer gols – teve até um de bicicleta. Com contrato renovado, agora válido até 2020, ele será peça importante para a equipe em 2016.



Jackson (37 jogos / 3 gols): foi reserva durante a maior parte do primeiro semestre. Depois da chegada de Marcelo Oliveira, ganhou mais oportunidades e terminou a temporada como titular ao lado de Vitor Hugo. Emprestado pelo Internacional até o fim de dezembro, ele tem futuro indefinido.



Victor Ramos (28 jogos / 3 gols): escolhido como titular por Oswaldo de Oliveira, alternou bons e maus momentos. Teve destaque no Paulistão, quando marcou um dos gols do Verdão na semifinal contra o Corinthians, mas deixou a desejar nas partidas mais importantes da Copa do Brasil. Foi liberado pela diretoria antes do fim do contrato de empréstimo e nem participou das finais contra o Santos.



Leandro Almeida (13 jogos): foi contratado no segundo semestre a pedido de Alexandre Mattos e Marcelo Oliveira. Chegou a ser utilizado como titular, mas não agradou e passou a conviver com algumas críticas da torcida. Tem contrato até o fim de 2019.



Nathan (4 jogos): titular na reta final de 2014, perdeu espaço no elenco de 2015. Atuou apenas quatro vezes na temporada e chegou até a ser improvisado na lateral direita, na derrota para o Coritiba, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.



Tobio (15 jogos): problemas físicos o impediram de ter sequência na equipe titular. Participou de parte do início da temporada, no Paulistão e na Copa do Brasil, mas acabou emprestado ao Boca Juniors, da Argentina.



Wellington (4 jogos): prata da casa, jogou poucas vezes em 2015 pelo Verdão. Na semifinal do Paulistão, contra o Corinthians em Itaquera, foi improvisado na lateral esquerda. No Brasileirão acabou emprestado ao Atlético-PR.



VOLANTES



Gabriel (40 jogos / 2 gols): pilar fundamental do esquema tático palmeirense. Marcador incansável, conquistou a torcida pelo seu estilo de jogo brigador e com possibilidade de sair para o jogo. Perdeu o segundo semestre por causa de uma grave lesão no joelho. Com contrato até o fim de 2016, ele deve voltar aos gramados em fevereiro.



Arouca (40 jogos): sofreu com problemas musculares durante a temporada, mas sempre foi considerado titular absoluto. Tanto que todo o esforço para que ele pudesse enfrentar o Santos nas finais da Copa do Brasil se justificou dentro de campo.



Amaral (32 jogos): foi o primeiro dos 25 jogadores contratados pelo Palmeiras para 2015. Chegou a ser titular no começo do ano, com Oswaldo de Oliveira, mas logo perdeu espaço para Arouca e Gabriel. A produção abaixo do esperado fez o Verdão ir ao mercado no meio da temporada.





Matheus Sales agradou com participação importante na Copa do Brasil (Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras)



Andrei Girotto (19 jogos / 2 gols): foi fundamental na conquista da Copa do Brasil por causa do gol marcado na vitória por 3 a 2 contra o Internacional, nas quartas de final. Mas, no geral, não conseguiu conquistar a confiança da comissão técnica e da torcida. Perdeu espaço para Matheus Sales.



Thiago Santos (13 jogos): contratado após se destacar na Série B do Campeonato Brasileiro, pelo América-MG. Deu mais segurança ao setor defensivo, mas exagerou nas faltas em alguns jogos. Ficou fora da Copa do Brasil por já ter atuado pela ex-equipe.



Matheus Sales (7 jogos): a grande surpresa de Marcelo Oliveira na Copa do Brasil. Ganhou sua primeira chance como titular no time profissional no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, contra o Fluminense. Com atuações de destaque, foi muito importante nas finais contra o Santos.



Renato (10 jogos): outro prejudicado pela grande concorrência no meio de campo palmeirense. Foi emprestado ao Joinville, mas sofreu uma grave lesão no joelho direito. Atualmente faz recuperação na Academia de Futebol e tem previsão de voltar aos trabalhos com bola em janeiro.

MEIAS



Robinho (52 jogos / 9 gols): no começo da temporada, muita gente questionou se havia necessidade de o Palmeiras contratar o meia do Coritiba. O jogador soube vencer a desconfiança e, com assistências e dois golaços contra Rogério Ceni, conquistou de vez o respeito dos exigentes torcedores do Verdão.



Cleiton Xavier: (17 jogos / 1 gol): era para ser o substituto de Valdivia e decepcionou. Em condições, mostrou que pode ser útil ao meio de campo alviverde. Mas sofreu com uma sequência de lesões musculares que o fizeram passar muito tempo no departamento médico.



Rafael Marques (56 jogos / 15 gols): homem de confiança de Oswaldo de Oliveira, chegou ao Verdão para reescrever sua história no clube. E conseguiu. Vice-artilheiro da equipe na temporada, o meia-atacante foi importante na campanha do Paulistão. Mesmo após cair de produção no segundo semestre, foi importante na Copa do Brasil, principalmente nas partidas contra Cruzeiro e Internacional.





Com 15 gols, Rafael Marques terminou o ano como vice-artilheiro do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)



Fellype Gabriel (1 jogo): outra contratação pedida por Oswaldo de Oliveira. Chegou ao clube em maio, em recuperação de uma lesão no joelho, e só atuou uma vez – ele entrou no segundo tempo da partida contra o Vasco, no segundo turno do Brasileirão. No total, foi para o banco dez vezes e perdeu muitas partidas no departamento médico.



Allione (28 jogos / 2 gols): começou o ano como titular e em alto nível, mas teve de ser submetido a uma cirurgia no joelho. Voltou ao time no segundo semestre e virou opção de velocidade e drible para o ataque palmeirense.



Juninho (3 jogos): destaque do sub-20, foi utilizado quando o Palmeiras decidiu poupar os titulares, na Copa do Brasil e no Brasileirão.



Jobson (1 jogo): estreou no profissional na penúltima rodada do Brasileirão, quando a equipe se preparava para a decisão da Copa do Brasil contra o Santos.



Valdivia (10 jogos): estreou apenas em abril e se despediu do Palmeiras com uma grande atuação contra o Corinthians, na vitória por 2 a 0 em Itaquera, no Brasileirão. Após a Copa América, não foi mais utilizado e deixou o Verdão no fim de agosto, em baixa com a diretoria.





Valdivia fez apenas 10 jogos na temporada antes de deixar o Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



Alan Patrick (13 jogos / 1 gol): foi o primeiro reforço contratado em janeiro a deixar o clube. Após ser cortado da fase final do Campeonato Paulista por causa de lesão, perdeu espaço e foi negociado com o Flamengo.

Tiago Real (1 jogo): participou apenas de parte do amistoso com o Shandong Luneng, da China, e depois foi emprestado para o Bahia.

Mendieta (2 jogos): entrou em campo nos dois amistosos do Verdão, contra Shandong e RB Brasil, como titular da equipe de Oswaldo de Oliveira, mas logo em seguida acertou transferência para o Olímpia, do Paraguai.



ATACANTES



Dudu foi decisivo na final da Copa do Brasil

(Foto: Marcos Ribolli)




Dudu (56 jogos / 16 gols): os palmeirenses começaram 2015 festejando o chapéu nos rivais São Paulo e Corinthians pela contratação do atacante e terminaram a temporada comemorando os dois gols marcados pelo camisa 7 na decisão da Copa do Brasil contra o Santos. Artilheiro do time, divide com Fernando Prass o posto de melhor jogador do Verdão.



Lucas Barrios (21 jogos / 8 gols): chegou depois da Copa América com o peso de ser a principal contratação do Palmeiras para o segundo semestre. E, mesmo em uma maratona física (ele se apresentou ao Verdão após ter apenas uma semana de férias), correspondeu dentro de campo com gols em partidas decisivas e uma grande atuação na segunda final da Copa do Brasil.



Gabriel Jesus (37 jogos / 7 gols): a maior revelação das categorias de base do Palmeiras nos últimos anos. Subiu depois da Copa São Paulo, foi inscrito no Paulistão e ganhou posição de titular na fase final da Copa do Brasil. Com apenas 18 anos, e praticamente certo na seleção olímpica, tem tudo para continuar em alta em 2016.



Cristaldo (46 jogos / 14 gols): talismã e xodó da torcida, brigou por posição com Leandro Pereira no primeiro semestre, mas acabou virando reserva depois da chegada de Barrios. Importante na Copa do Brasil, marcou nas cobranças de pênaltis contra Fluminense e Santos. Em 2016, pode ser negociado se aparecer alguma boa proposta para o clube.



Alecsandro (18 jogos / 2 gols): contratado para ser uma opção de área para o ataque palmeirense, o ex-flamenguista não conseguiu sequência. Bateu boca com torcedores e foi alvo de críticas por parte dos palmeirenses.



Kelvin (23 jogos / 1 gol): sofreu uma lesão na pré-temporada que o fez ficar fora do time por quatro meses. Estreou contra o Corinthians, em Itaquera, na semifinal do Paulistão, e sempre foi opção de velocidade no ataque palmeirense. Emprestado, retornará ao Porto.

Mouche (7 jogos): lesionou o joelho no primeiro jogo palmeirense do ano, em janeiro, e só retornou em agosto. Dificilmente será aproveitado em 2016.





Gabriel Jesus é a principal revelação do Verdão nesta temporada (Foto: Marcos Ribolli)



Leandro Pereira (30 jogos / 10 gols): autor do primeiro gol do Palmeiras em 2015, o atacante foi contratado em janeiro após se destacar pela Chapecoense. Depois de alternar com Cristaldo na equipe titular, acabou negociado com o Club Brugge, da Bélgica, por pouco mais de R$ 10 milhões, justamente quando vivia seu melhor momento com a camisa palmeirense.



Ryder Matos (3 jogos): ele chegou falando italiano e mostrando currículo com passagem pela Fiorentina. Dentro de campo, porém, apenas três partidas e nada de muito especial. Tanto que retornou ao futebol italiano bem antes do fim do empréstimo.



Maikon Leite (6 jogos / 1 gol): reintegrado ao plantel após um período no México, o atacante disputou a primeira fase do Paulistão. Mas, cortado do grupo no mata-mata, perdeu espaço e foi negociado com o Sport Recife.



Leandro (4 jogos): a boa fase parece ter ficado na campanha da Série B, em 2013. Operou o pé esquerdo em janeiro e não conseguiu boas atuações desde que retornou aos gramados. Acabou emprestado ao Santos até o fim de dezembro, mas não vai permanecer na Vila Belmiro em 2016.



Vinicius (1 jogo): entrou em campo apenas por alguns minutos do amistoso contra o Shandong Luneng e ouviu algumas vaias. Foi emprestado ao Capivariano e depois ao Ceará.



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