Cuca tem menos de um mês para salvar projeto do Palmeiras; análise

19/3/2016 07:20

Cuca tem menos de um mês para salvar projeto do Palmeiras; análise

Técnico tenta corrigir erros da equipe para jogo decisivo pela Libertadores, daqui a 18 dias. Derrota para o Rosario Central pode causar eliminação precoce

Cuca tem menos de um mês para salvar projeto do Palmeiras; análise

Cuca tem a difícil missão de salvar o ano do Verdão (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)



“Libertadores” e “Projeto Mundial”: essas duas expressões pautaram o planejamento do Palmeiras para 2016. Desde a conquista da Copa do Brasil, no ano passado, o torneio continental se tornou o objetivo principal do clube. Três meses e meio depois do título nacional, a situação do Verdão é complicada. A possibilidade de eliminação na primeira fase é grande e aumenta o debate sobre o que deu errado – dentro e fora de campo.



Na última semana, em entrevista ao SporTV, o diretor Alexandre Mattos disse que o clube começou a pensar em demitir Marcelo Oliveira ainda no ano passado. O ex-comandante chegou a ficar um mês sem vencer no Palmeiras. O fim do jejum, curiosamente, se deu quando a equipe levantou o título da Copa do Brasil, após vitória nos pênaltis sobre o Santos.



– Foi tudo planejado desde o ano passado. Há que se lembrar que em setembro e outubro havia uma cobrança muito grande pela saída do Marcelo. E a direção optou pela continuidade dele naquele momento, mesmo insatisfeitos com a produção como equipe coletiva. E conseguimos uma vitória (conquista da Copa do Brasil). E houve trocas no elenco. Perguntam por que só o treinador paga o preço. No Palmeiras não foi assim. Mudamos oito jogadores no final do ano e mantivemos a comissão técnica – afirmou Mattos.



A explicação do dirigente dá a entender que a demissão de Marcelo, concretizada após a derrota por 2 a 1 para o Nacional, em casa, no último dia 9, foi adiada além do que deveria. O título da Copa do Brasil aliviou a situação do ex-treinador, mas fez com que o Verdão carregasse para o início da temporada erros que já deveriam ter sido sanados no ano passado. Marcelo Oliveira tentou corrigi-los na pré-tempora. Não conseguiu. Um divórcio anunciado, mas que se arrastou até as últimas consequências.



Todo o planejamento foi traçado em torno da Libertadores, mas um fato parece ter sido ignorado: trata-se de uma competição de tiro curto. Na fase de grupos, são apenas seis jogos – três em casa, três fora. O Palmeiras venceu o Rosario Central em sua arena, mas foi sufocado no segundo tempo. Marcelo, que balançava no cargo, ganhou sobrevida com os três pontos. Mas viu o oxigênio acabar menos de uma semana depois, com a derrota para o Nacional. Um resultado que pode ter custado muito para o clube.



Cuca teve três dias para trabalhar antes de enfrentar o time uruguaio que tirou o emprego de seu antecessor. Mudou o esquema tático, mexeu no time, mas esbarrou no fato de, em março, o Palmeiras ainda não ter uma escalação base. A equipe continua bagunçada. Em estaca zero, o novo técnico tem menos de um mês para uma missão complicadíssima: salvar o projeto Libertadores e evitar o prejuízo, futebolístico e financeiro.



A diretoria usou o sonho da disputa do Mundial de Clubes, no fim do ano, como atrativo para convencer os oito reforços contratados para este ano a vestir a camisa verde. O discurso foi, inclusive, citado por quase todos em suas respectivas apresentações. No entanto, o sonho pode acabar cedo demais, já que o Palmeiras corre o risco de ser eliminado com uma rodada de antecedência na primeira fase da Libertadores e apenas cumprir tabela diante do River Plate, na última rodada.



O time tem respaldo à beira do gramado e dentro das quatro linhas. Cuca conhece bem a Libertadores, da qual foi campeão em 2013, com o Atlético-MG, e o elenco tem qualidade à altura da competição. O Palmeiras tem totais condições de avançar às oitavas de final e jogar de igual para igual no mata-mata. Mas jogou nas mãos do técnico uma bomba que ele talvez não tenha tempo de desarmar.



Empates sofridos com São Bento e Oeste, derrota para o Linense em casa... Seguidos por goleada sobre o XV de Piracicaba. Derrota para a Ferroviária, seguida de vitórias sobre Rosario Central e Capivariano. O Verdão fez do início de temporada um “morde e assopra” perigoso. Agora, corre contra o tempo para evitar o pior.



– O Cuca é um treinador experiente, ele com certeza vai fazer as coisas pela cabeça dele, por suas convicções. Ele está trabalhando há pouco tempo, não dá para saber o que ele está pensando.



Esse tempo de treinamento é importante para ele conseguir colocar em parte prática o que ele pensa que seja melhor para o nosso time – analisou o goleiro Fernando Prass, no retorno do Uruguai, na última sexta-feira, referindo-se aos trabalhos até o próximo jogo da Libertadores, dia 6 de abril, contra o Rosário Central, na Argentina.



Antes dessa partida decisiva, o Palmeiras jogará cinco vezes, contra Audax, RB Brasil, Água Santa, Rio Claro e Corinthians.



Inevitavelmente, o estadual será um laboratório para Cuca colocar à prova o que montar nos treinos na Academia de Futebol e tirar o atraso em prol da maior obsessão alviverde.





Alexandre Mattos (de branco) apresenta Cuca ao elenco do Palmeiras (Foto: Rodrigo Faber)



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