Alberto Valentim (à esquerda) comanda o Palmeiras interinamente.Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Alberto Valentim assume o Palmeiras apenas na condição de interino, mas tenta deixar como legado um time voltado para o ataque, mas consciente não só da necessidade de marcar.
O técnico quer ensinar os comandados a sofrer, o que, em suas palavras, é estar preparado para ser pressionado, principalmente fora de casa.
"Falo para eles que o time que se defende bem tem que sofrer. Com isso, quero dizer que o time não pode marcar bem um tempo e, depois, ter uma desatenção individual ou coletiva", orientou o ex-lateral direito, já pensando em ajudar o substituto de Gilson Kleina, que a diretoria ainda não sabe quem pode ser ou quando vai chegar.
"Comigo ou com o próximo treinador, vão acontecer jogos em que o time não vai conseguir sair muito para o jogo e teremos que suportar a pressão para, depois, adiantar para jogar no campo adversário", prosseguiu o treinador interino.
A conversa sobre aprender a sofrer será retomada para o próximo compromisso da equipe. Neste domingo, o Verdão enfrenta o Vitória em Salvador disposto a se acomodar logo no campo do ataque, mas consciente de que o apoio da maioria dos torcedores no estádio de Pituaçu pode empurrar o adversário para a área do goleiro Fábio.
"Não vamos jogar com a defesa muito atrás. O Palmeiras é um time ofensivo, que toca bem a bola, mas com humildade e muito obediente taticamente na parte defensiva, todos marcam. Jogamos com a bola e, sem ela, não damos espaço, mas também vamos muito atrás para marcar", avisou.
O interino teve certeza de que seu plano tático pode dar certo logo em sua estreia, quando venceu o Goiás no último sábado, no Pacaembu, por 2 a 0, e a torcida palmeirense saiu do estádio sem ter levado sustos que comprometessem o resultado estabelecido já no primeiro tempo.
"O Goiás criou seis chances claras quando venceu o Atlético-MG, na rodada anterior, se mostrando um time com poderio ofensivo muito grande. Mas, contra nós, não teve nenhum chute que o Fábio defendeu", lembrou Alberto, confiando na obediência dos atacantes para não ser surpreendido na Bahia.
"Nosso time tem sido ofensivo, com dois atacantes abertos e os três ou quatro da frente com total liberdade para se movimentar. Mas mesmo os atacantes, que têm uma preocupação menor para marcar, fazem um papel importante com um retorno muito forte, voltando rápido para repor atrás da linha da bola quando não a temos", detalhou.
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