Após volta por cima, C. Xavier lamenta 'ano perdido' e admite erro: 'Ultrapassei o limite'

23/7/2016 08:54

Após volta por cima, C. Xavier lamenta 'ano perdido' e admite erro: 'Ultrapassei o limite'

Após volta por cima, C. Xavier lamenta 'ano perdido' e admite erro: 'Ultrapassei o limite'

Cleiton Xavier durante treino do Palmeiras



Um misto de felicidade e alívio estampa o rosto de Cleiton Xavier. E não é para menos. Após uma temporada passada marcada por lesões - que limitaram o jogador a apenas 17 partidas -, o meia finalmente conseguiu uma sequência em 2016. A continuidade foi o suficiente para que ele virasse um dos protagonistas na campanha do Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro.



O caminho até a recuperação não foi fácil. Com a carreira ameaçada, Cleiton teve que conviver com críticas e até mesmo ser comparado de forma irônica a Valdivia pelo tempo dentro do departamento médico. Parte do problema esteve relacionada à readaptação ao Brasil. Após cinco anos no Metalist, da Ucrânia, o atleta retornou em um ritmo diferente de treinos e pagou caro por isso.



Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o meia falou sobre a fé que o moveu durante as lesões de 2015 e até admitiu que errou ao exagerar nos treinamentos, ignorando as diferenças entre o trabalho realizado na Europa e no país natal.



"Primeiramente eu me apeguei a Deus. Tem que ter fé. Os familiares, os amigos, e até por mim mesmo. Eu não poderia vir para o Palmeiras e terminar da forma que estava", disse.



"Acho que no futebol não prejudicou (o período na Europa). Talvez fisicamente sim, porque lá não se treina tanto igual no Brasil. Talvez, eu errei quando voltei e já quis estar dentro de campo, ultrapassei o limite de treino, deveria ter dosado as cargas. Fui um início complicado, mas agora, com a adaptação tranquila, está tudo bem", aumentou.



O período machucado ficou para trás. Quando o Palmeiras pisar no gramado do Allianz Parque, às 11 horas (de Brasília) do domingo, para enfrentar o Atlético-MG, Cleiton Xavier fará o 13º jogo no Brasileirão. O meia é vice-líder de assistências no elenco - uma a menos do que o companheiro de time Dudu. Agora mais presente no gramado, Cleiton está focado em ajudar com conquistar mais títulos com a camisa do Palmeiras para apagar o "gosto amargo" de não ter ajudado o elenco na reta final do título da Copa do Brasil de 2015.



"Ficou um gosto amargo. O jogador quer jogar. Participar de uma campanha como foi a da Copa do Brasil, com título, festejar é importantíssimo não só para o clube, mas também para nossas carreiras. Ficou um sentimento de "quero mais" porque é bom comemorar títulos e quero mais uns", comentou.



Durante a conversa, Cleiton Xavier também falou sobre o talento de Gabriel Jesus e a liderança no elenco agora que o capitão Fernando Prass está na seleção brasileira para a disputa dos Jogos Olímpicos.



Veja na íntegra a entrevista com o meia do Palmeiras:



Líder do Brasileiro e jogando muita bola. Qual é o segredo deste Palmeiras?




É o trabalho. O Cuca tem trabalhado bastante. Desde que ele chegou o time tem a cara dele, com posse de bola, que saia desde o goleiro até o atacante. Se deve muito ao trabalho dele.



Como tem sido trabalhar com o Cuca? O que ele tem feito de diferente dos demais técnicos com quem você trabalhou?



Eu nunca tinha trabalhado com ele. Alguns amigos que já haviam trabalhado com ele sempre exaltaram. É um trabalho intenso, com muita bola. O jogador gosta muito e condiciona. Os trabalhos são curtos, mas intensos. Estamos felizes e todos estão ajudando.



<>Você é um dos mais experientes do elenco, ao lado do Prass e do Zé Roberto. Como é trabalhar com uma garotada como Gabriel Jesus, Tchê Tchê e Roger Guedes? Eles te procuram para algum conselho?



Tem bastante gente experiente, mas são garotos bons e notamos no dia a dia. Eles não têm medo de perguntar alguma coisa ou falar também. Não é porque somos experientes que sabemos tudo. Às vezes eles nos cobram também em uma marcação, dão aquela olhada para trás. Isso é importante para o grupo todo.



Sem Jesus e Fernando Prass, como você encara a pressão em ser um dos líderes do Palmeiras nos próximos jogos?



O Cuca deixa em aberto. A liderança é de todos. Ele escolheu o Prass para ser capitão, óbvio que pela liderança e experiência. Vai da pessoa, ser líder é de cada um. Podemos ver no Gabriel Jesus, no Roger Guedes, que são novos e líderes. Isso é de momento, todos têm liberdade.



Você acredita que Gabriel Jesus já está pronto para jogar num gigante europeu?



O Gabriel é muito inteligente. Desde o ano passado evoluiu muito. Eu vi tudo de perto e tem sido muito rápida. Tenho certeza que ele vai se adaptar se for para a Europa porque é muito inteligente, sabe o que tem que fazer, gosta de trabalhar. Se não for agora, vai um pouco mais tarde. Futebol é indiscutível que ele tem. Se tiver que pegar mais experiência e esperar um pouco mais é legal também. O futuro dele certamente é a Europa.



Você passou por um momento muito complicado no ano passado e ficou muitas partidas fora. Como foi o período para você? Como lidou com as críticas?



Foi um momento crítico da minha carreira, o mais difícil. Nunca tinha acontecido assim. Claro que já tive lesões, mas uma ou outra. Nada de anormal. Pela sequência do ano passado foi muito difícil. Claro que eu ficava triste por ver as notícias. O que me motivou foi a torcida, que sempre apoiou. Agora eu estou bem, vivendo um dos melhores momentos desde a volta e espero da continuidade até o final do ano.



Muita gente entra em depressão nesses momentos. Como você lidou com isso? O que te sustentou nesse período difícil?



Primeiramente eu me apeguei a Deus. Tem que ter fé. Os familiares, os amigos. E até por mim mesmo. Eu não poderia vir para o Palmeiras e terminar da forma que estava. Busquei força nos amigos e família para dar a volta por cima. Ainda bem que consegui.



Como você se sente agora?



É um dos melhores momentos desde a minha volta. Já estive melhor, tem aquela coisa da idade, adaptação desde a volta. Eu espero fazer bem mais, é só o início. Temos uma liderança de Brasileiro para manter e quero dar mais para ajudar meus companheiros.



Ficou um gosto amargo por não ter participado muito da campanha da Copa do Brasil?



Ficou um gosto amargo. O jogador quer jogar. Participar de uma campanha como foi a da Copa do Brasil, com título, festejar é importantíssimo não só para o clube, mas também para nossas carreiras. Ficou um sentimento de "quero mais" porque é bom comemorar títulos e quero mais uns.



Você passou cinco anos na Ucrânia. Foi o melhor momento da carreira? É um futebol sem tanta tradição, como foi adaptação?



Foi uma experiência nova. Eu queria conhecer outros países e surgiu a oportunidade. Foi legal, uma experiência que vou levar para sempre na minha vida. Jogar em outro país, cultura, futebol totalmente diferente, mesmo sem tanta visibilidade. Fui feliz enquanto estive por lá.



Ter atuado por tantos anos na Ucrânia te fez regredir tecnicamente e fisicamente?



Acho que no futebol não prejudicou. Talvez fisicamente, porque lá não se treina tanto igual no Brasil. Talvez eu errei quando voltei e já quis estar dentro de campo, ultrapassei o limite de treino, deveria ter dosado as cargas. Fui um início complicado, mas agora com a adaptação tranquila está tudo bem.



Você tinha medo de jogar na Ucrânia por conta das áreas de conflito?



Tinha medo. Tem bastante brasileiro lá, também tinha argentinos. Alguns saíram do clube por isso. Mas o clube passava segurança. O pessoal dava atenção e sou muito grato por isso. Tinha medo, mas o clube passava segurança.



E o torcedor ucraniano. Você era muito popular no país. Verdade que você nem saída de casa para não sofrer com o assédio?



Só tinha um time na cidade. Normalmente nós éramos muito assediados, ainda mais nós por sermos brasileiros, o futebol pentacampeão. Sempre vinham tirar foto, pedir autógrafo. O torcedor de lá gosta muito de futebol, mas sempre foram muito educados e respeitavam o momento.



Jogar na Europa ainda é um objetivo?



É o sonho de todo jogador, apesar de eu ter ido para um país sem visibilidade. Todo mundo quer ir para um grande centro, jogar grandes campeonatos. Mas eu estou feliz no Palmeiras e espero cumprir o meu contrato.



E na seleção?



Quem falar que não pensa em seleção brasileira está mentindo. Temos o exemplo do Prass, que aos 38 anos está em grande fase e servindo a seleção. O Brasil estará bem representado com ele. Eu sempre mantenho o sonho, mas tenho que seguir trabalhando no Palmeiras para quem sabe surgir uma oportunidade.



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21684 visitas - Fonte: ESPN

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