Dez veículos do Batalhão de Choque acompanham a manifestação dos professores, que segue pacífica. Foto: Wilton Júnior/Estadão
Cerca de 150 professores protestam em frente ao Linx Hotel, próximo ao Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira, 26.
Os integrantes da delegação da seleção brasileira, entre eles 22 convocados pelo treinador Luiz Felipe Scolari, encontravam-se no hotel, de onde seguiram para a Granja Comary, em Teresópolis, na região serrana do Estado do Rio, onde fica o centro de treinamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Os manifestantes seguram faixas com dizeres como "A educação parou" e colaram nas camisas adesivos onde se lê "Greve Unificada da Educação".
Os professores das redes de ensino estadual e municipal estão em greve desde o último dia 12. Eles protestam por melhores condições de trabalho e contra os gastos excessivos na Copa do Mundo.
A manifestação começou às 10h, horário previsto para a saída do ônibus da delegação, que saiu por volta das 10h30.
Os manifestantes bloquearam a Avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao aeroporto, e, por isso, o ônibus precisou ser desviado. Às 11h, eles seguiam protestando na via, que permanecia fechada.
A professora de português da rede estadual de ensino do Rio, Andreia Vieira, afirmou que os protestos demonstram que a população não apoia o mundial. "É importante desmistificar esse conceito de 'não vai ter Copa'. É um grito de protesto. Ela vai acontecer, mas não é uma Copa do povo".
Até o momento, dez veículos do Batalhão de Choque acompanham a manifestação, que segue pacífica.
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