Há 40 anos, Ademir da Guia ganhou último título com recorde no Palestra

18/8/2016 10:05

Há 40 anos, Ademir da Guia ganhou último título com recorde no Palestra

Há 40 anos, Ademir da Guia ganhou último título com recorde no Palestra

Com recorde de público no Palestra, Ademir da Guia ganhou seu último título (Foto: Acervo/Gazeta Press)



Há exatos 40 anos, o antigo Palestra Itália viveu uma noite histórica. Em 18 de agosto de 1976, na conquista derradeira de Ademir da Guia, o Palmeiras ganhou o Campeonato Paulista ao bater o XV de Piracicaba com o recorde de público do estádio. Após um longo jejum, o clube voltaria a comemorar um título apenas em 1993.



Espremidos nas arquibancadas do Palestra Itália, 40.283 torcedores acompanharam a vitória palmeirense por 1 a 0, gol de Jorge Mendonça. Como 4.750 eram menores de idade, o público pagante foi de 35.533, com renda de Cr$ 777.915,00.



A chance de ganhar o título estadual na penúltima rodada diante da equipe do interior atraiu os milhares de palmeirenses ao estádio. De acordo com pessoas que foram ao jogo, havia mais de 40.283 no Palestra Itália naquela noite de quarta-feira, mas o número acabou oficializado nos registros históricos.



O recorde de público do estádio palmeirense pode ser batido ainda em 2016, já que os clássicos com torcida única permitem a entrada de mais público em função da inexistência de separações nas arquibancadas. Na arena, o recorde foi alcançado no último jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, assistido por 40.035 pessoas.



Há exatos 40 anos, os palmeirenses vibraram por um título histórico. Com alguns remanescentes da Academia de Futebol, como como Edu Bala, Nei e Leão, além de Ademir da Guia, o time ainda contou com jovens inspirados, a exemplo do volante Pires, formado nas categorias de base.



“Antes da volta olímpica, um espetáculo pirotécnico. Os fogos espocavam junto aos trampolins do conjunto de piscinas”, relatou A Gazeta Esportiva em 19 de agosto de 1976. “Os torcedores não abandonavam o estádio. Depois de muito tempo é que alguns começaram a caminhar para o Palácio das Festas para uma chopada”, noticiou.



Então com 34 anos de idade, Ademir da Guia manteve o alto nível em seu 11º título no Palmeiras. Pelo time alviverde, ele ganhou cinco edições do Campeonato Paulista (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976), uma do Rio-São Paulo (1965) e duas do Brasileiro (1972 e 1973), além de uma Taça Brasil (1967) e dois Robertões (1967 e 1969).



“Esse campeonato foi diferente. Esse e o de 1963. Em 1963, porque foi o primeiro título aqui. E agora, por causa das dificuldades que surgiram. Pouca gente acreditava em nosso time e por isso foi diferente. Quando o juiz apitou o fim do jogo, não chorei, mas fiquei muito satisfeito. Muito mesmo”, disse Ademir da Guia na época.



Após vencer XV de Piracicaba, Palmeiras fez jogo das faixas contra o Corinthians (Foto: Acervo/Gazeta Press)



O título estadual de 1976 foi a última parceria de sucesso entre Ademir da Guia e Dudu. Após uma série de conquistas, o volante encerrou sua trajetória como jogador em janeiro e, em maio, assumiu como técnico no lugar de Dino Sani durante o Paulista. Com uma campanha de 12 vitórias e quatro empates, ele acabou como campeão.



“Méritos para os garotos e para os mais experientes, que souberam conduzir a partida e ganhá-la, mesmo por um placar difícil. Eu faço parte de um todo. Agradeço pelos esforços do grupo”, disse Dudu, mais afônico do que o normal, em seu único título como técnico do Palmeiras.



Dudu conviveu com Ademir da Guia durante toda sua passagem pelo Palmeiras (1964-1976). Ver o antigo companheiro de meio-campo como treinador repentinamente foi uma surpresa para o então camisa 10, que tomou o cuidado de mudar seu comportamento diante do restante do elenco.



“No começo, estranhei muito. Já estava acostumado a fazer brincadeiras com o Dudu e passei a não fazer mais, porque os outros poderiam ver e querer fazer o mesmo. Comecei a respeitar o Dudu como técnico. Amizade, só fora de campo”, explicou Ademir da Guia.



No domingo seguinte, com o título já assegurado, o Palmeiras enfrentaria o Corinthians, pela última rodada do Campeonato Paulista. No entanto, a principal preocupação dos alviverdes nos dias que antecediam o Derby era receber o prêmio pelo título e experimentar os uniformes para viajar a Espanha, sede do Troféu Ramon de Carranza.



Com o Corinthians na fila desde 1954, os torcedores palmeirenses tripudiaram sobre o arquirrival. “Agora, é o Troféu Carranza. Isso é que é time! O Palmeiras é ruim, bom é o Corinthians”, disse um palestrino, de forma sarcástica, ao ser abordado pelo jornal A Gazeta Esportiva.



O goleiro Emerson Leão também não parecia muito preocupado com o Derby. “Nosso objetivo não era o título? Então, já está cumprido. Agora, não temos mais obrigação de vencer o Corinthians. Vamos cumprir tabela. O mau dos campeões é sempre o excesso de confiança. Por isso, uma derrota depois de tantos jogos invicto pode ser benéfica”, disse.



Em clima festivo, os jogadores sugeriram que Dudu, com a carreira de atleta encerrada recentemente, entrasse em campo para participar de 15 minutos do confronto com o Corinthians. Em seguida, ele sairia e entregaria a camisa 5 ao jovem Pires, visto na época como seu herdeiro.



Campeonato Paulista 1976 marcou último feito de parceiros Ademir da Guia e Dudu (Foto: Acervo/Gazeta Press)



Dudu ainda tinha contrato de atleta, mas não estava apto a participar do Campeonato Paulista. No Palmeiras, cogitou-se que ele entrasse em campo uniformizado apenas para dar o pontapé inicial. O ídolo, lisonjeado, preferiu abrir mão de qualquer homenagem e reiterou que, embora o time já fosse campeão, deveria jogar o clássico com seriedade.



“Fico comovido com o pedido dos atletas, mas essa gostosa homenagem não poderá ser feita. Não jogo há muito tempo e estou em má forma física. A grande homenagem, os jogadores já me deram com o título. Eles são os heróis. Fui apenas um instrumento teórico. Se alguém deve ser homenageado, são eles”, disse Dudu.



Na manhã do dia 22 de agosto, um domingo, os torcedores palmeirenses se reuniram em frente ao Estádio Palestra Itália e, no começo da tarde, partiram em carreata rumo ao Morumbi para acompanhar o Derby. Com bandeiras e foguetes, o cortejo alviverde complicou o trânsito paulistano.



A possibilidade de os jogadores corintianos colocarem as faixas de campeões nos rivais, aventada nos dias que antecederam o Derby, foi descartada. O time alviverde, assim, subiu ao gramado do Morumbi já com as faixas. Ao fazê-lo pela última vez na carreira, Ademir da Guia teve a companhia do filho Namir, que entrou como mascote.



Defendido por atletas como Wladimir, Basílio e Geraldão, o Corinthians fazia uma campanha desastrosa no Campeonato Paulista 1976, mas entrou em campo disposto a carimbar a faixa do arquirrival. Com dois gols, o último de bola e tudo, Jorge Mendonça frustrou os alvinegros e garantiu a vitória palmeirense por 2 a 1.



O dia seguinte ao título paulista de 1976 marcou o início do longo jejum palestrino. Atrapalhado por problemas respiratórios, Ademir da Guia encerrou a carreira em setembro de 1977. Somente após a aposentadoria do ídolo palmeirense, o Corinthians finalmente foi campeão ao ganhar o Campeonato Paulista, em outubro.



Vice-campeão brasileiro em 1978 e estadual em 1986, o Palmeiras encerrou seu doloroso jejum apenas em 1993. No histórico dia 12 de junho, coincidentemente ou não, Ademir da Guia pisou no gramado do Morumbi antes da vitória por 4 a 0 sobre o Corinthians pela decisão do Campeonato Paulista.



Campeão em 1951, Dema (quinto atleta perfilado) treinou XV de Piracicaba (Foto: Acervo/Gazeta Press)



CAMPEÃO DE 1951 TREINOU XV DE PIRACICABA EM 1976



No jogo que decidiu o Campeonato Paulista de 1976, o Palmeiras venceu o XV de Piracicaba por 1 a 0, gol de Jorde Mendonça. O técnico do time do interior era Ademar Lucazechi, mais conhecido como Dema, campeão da histórica Copa Rio 1951 como jogador alviverde.



Com a camisa do Palmeiras, ao lado do craque Jair da Rosa Pinto, o meio-campista participou da conquista do primeiro torneio mundial interclubes, reconhecido pela Fifa. Na final, disputada no Maracanã, o Palmeiras superou a poderosa Juventus, da Itália.



De 1951 a 1958, Dema acumulou 286 jogos pelo time alviverde (144 vitórias, 59 empates e 83 derrotas) – é o 37º que mais defendeu o clube e não chegou a marcar gols. Ele também foi campeão do Rio-São Paulo 1951 e faleceu em 2008, aos 80 anos de idade.



VEJA TAMBÉM
- Rony marca gol após jejum de 11 jogos pelo Palmeiras contra Botafogo-SP.
- Abel solicita permanência de Estêvão no clube até 2027: impressões surpreendentes.
- CbF divulga áudio do VAR em decisão de gol anulado do Palmeiras.





4371 visitas - Fonte: gazeta Esportiva

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas

grupo do palmeiras quiser entra chama 4497605176

essa epoca ficou como eterna real lenda jamas o tempo apagara eo palmeiras e ademar da guia semte amor de pai e filho nunca um esquece do outro similton diadema

eu assisti um dos ultimos jogos desse meu idolo, agradeço a Deus por isso

DESBLOQUEAMOS OS CANAIS PREMIERE, TELECINE, HBO, COMBATE E ADULTOS PARA ASSINANTES DE TV POR ASSINATURA DE QUALQUER LUGAR DO BRASIL.

MAIORES INFORMAÇÕES PELO WHATSAPP 11949348549

Nessa época o Palmeiras era uma seleção com craques de bola em todas as posições.

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou .

Últimas notícias

publicidade
publicidade

Brasileiro

Qua - 20:00 - Arena Barueri -
X
Palmeiras
Internacional

Brasileiro

Dom - 18:30 - Manoel Barradas
0 X 1
Vitoria
Palmeiras