Jailson atribui bom momento ao apoio da esposa

Substituto de Prass, goleiro dedica vitória sobre o Flu a Mônica: 'É a mulher da minha vida'

Confiança do técnico, apoio da torcida. Tudo isso contribuiu para o goleiro Jailson firmar sua presença no time titular do Palmeiras. Ajuda importante para ele se tornar o substituto ideal para Fernando Prass, como definiu Cuca. Mas nada chega perto da contribuição vinda da convivência diária com Mônica, a esposa dele.



Foi sair de campo após vencer o Fluminense para o arqueiro se declarar. Autor de três defesas importantes no jogo, ele fez o seu papel para garantir os três pontos ao time, líder isolado do Brasileirão. A quem dedicou o resultado? Mônica, é claro.



Os dois são casados desde 2010, mas se conheceram dois anos antes, por culpa do acaso, como define a jogadora de handebol do Paulínia (SP).



“Foi coisa do destino. Ele jogava no Guaratinguetá, treinava na cidade, mas o CT fechou para reforma. Foram para Taubaté, mas lá aconteceu a mesma coisa, ficou em reforma. Aí, começaram a treinar em São José dos Campos, no mesmo lugar em que eu jogava handebol”, conta Mônica.



Não deu outra. Encerraram os treinamentos e foram se encontrar. Praticamente amor à primeira vista, como ela conta. Depois, conseguiram se ver só duas semanas mais tarde. Não se largaram nunca mais.



Então jogadora da seleção juvenil feminina de handebol do Brasil, ela optou por priorizar a carreira do marido. Havia defendido a camisa verde e amarela no Mundial da categoria daquele ano, mas preferiu seguir o marido onde fosse.



Viveram em Guaratinguetá, quando Jailson defendeu o clube que leva o nome do município. Depois, em Itápolis, onde jogou pelo Oeste. E, por fim, Fortaleza, último destino antes de deixar o Ceará para atuar no Palmeiras, em outubro de 2014. De lá até aqui, foi uma luta...



“Dividimos momentos bons e ruins. Quando recebi a notícia de que ele jogaria no Palmeiras, fiquei superfeliz. Foi um dia a dia muito bom, até agora”, comenta Mônica. “A parte mais difícil aconteceu com a lesão. Ele machucou o tendão de aquiles do pé direito (em dezembro de 2015), ficou quatro meses afastado. Ficou chateado, mas, como tem cabeça boa, deu tudo certo”, comemora a jogadora, campeã dos Jogos Regionais com o Paulínia neste ano.



Espírito vencedor que contribuiu para Jailson não desistir até ter uma chance no time titular do Verdão e não largar mais. E até ele conseguir retribuir a inspiração.



“Fiz a homenagem, porque ela é a mulher da minha vida e eu a amo muito. Ajuda no dia a dia demais. Foi uma pequena demonstração do meu amor e carinho por ela”, diz Jailson.



Entrevista: Mônica Santos_ Jogadora de handebol e esposa do goleiro Jailson, do Palmeiras



‘Quando se é casal, a conquista é dos dois’



DIÁRIO_ Como é o dia a dia de vocês na cidade de São Paulo?



MÔNICA SANTOS_ As nossas famílias são do interior, então, passamos muito tempo ao lado um do outro. Estamos sempre juntos e procuro dar força para ele, até porque somos dois atletas. Ele está em momento muito bom, fico feliz. Sempre trabalhou para isso.



Como é a rotina?



É bem corrida. Nós nos falamos o tempo todo. Seja por telefone ou via Skype. É o jeito que arrumamos de nos ver quando as coisas apertam. Fico muito feliz quando acontece isso. Ele fez bons jogos, é uma alegria só.



As viagens atrapalham?



Eu jogo handebol no Paulínia e não viajo tanto. É mais ele, porque treino na capital e vou para Paulínia nos dias dos jogos. Ele se concentra mais, sai de casa um dia antes de jogos, se apresenta antes. Nossas famílias são de outras cidades. A dele é de São José dos Campos. A minha, de Birigui. Moramos juntos em São Paulo e estamos sempre nos falando. Se não é ao vivo, arrumamos um jeito.



Estão juntos desde quando?



Somos casados há seis anos, mas nos conhecemos em 2008. Ele foi treinar com o Guaratinguetá, em São José dos Campos, onde eu jogava. Acabou o treino e conversamos. Foram duas semanas até nos vermos de novo e estamos juntos desde lá. Foi rápido. Namoramos um ano, fomos noivos por mais um e, depois, nos casamos. Esse tempo só fez o amor crescer.



Como conciliar as carreiras?



Por sermos atletas, sabíamos que um teria de se afastar um pouco do sonho na carreira. Eu optei por escolher a dele, conciliar. Onde ele ia, arrumava um time para jogar. Quando nos conhecemos, estava para ir ao Mundial juvenil com a seleção brasileira. Mas não me arrependo. O Jailson é uma pessoa incrível, alto astral, muito família e sempre me surpreende. Conciliamos os sonhos. Quando se é um casal, é assim. As conquistas são dos dois.



Vocês têm filhos?



Ainda não. Temos dois cachorros, a Shanaia e o Shinayder, que são praticamente como filhos para nós. Se dependesse só do Jailson, já teríamos uma fileira de filhos (risos).