Interino pegou time perto da zona da degola e, agora, está a quatro pontos do líder (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Alberto Valentim comanda na manhã deste sábado, sem a presença da imprensa, seu último treino como técnico do Palmeiras.
Sua despedida no banco será diante do Grêmio, neste domingo, em Caxias do Sul, e crê que passará o bastão para Ricardo Gareca com um desempenho altamente positivo.
Na opinião do interino, o time só foi mal em um dos seus seis jogos no comando.
“A única partida que não gostei foi contra a Chapecoense. Não desmerecendo a equipe deles, mas o nosso time sentiu muito a parte física e, em todos os setores, a todo o momento, estivemos sempre abaixo do que vínhamos produzindo. Foi o único jogo abaixo do que espero de uma boa atuação”, analisou.
O jogo que não agradou a Alberto ocorreu no domingo, quando o goleiro Fábio precisou fazer grandes defesas para evitar uma derrota maior do que os 2 a 0 em Chapecó.
Até seu outro tropeço no comando, perdendo pelo mesmo placar para o Botafogo na quarta-feira, em Presidente Prudente, não é digno de críticas em sua opinião.
“Contra o Botafogo, fomos melhores, criamos mais chances, tivemos mais posse de bola. Tomamos um gol de bola parada, que é inadmissível para mim porque cobro muito deles e foi uma desatenção nossa.
Mas, mesmo com um a menos, ficamos em cima até o fim e o segundo gol deles foi no último lance porque pegaram um rebote quando deixamos só um jogador para fazer o mano a mano”, avaliou.
Antes desses tropeços, Alberto teve um início animador. Assumiu o time quando Gilson Kleina foi demitido deixando o Verdão perto da zona de rebaixamento do Brasileiro e tendo perdido o primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil para o Sampaio Corrêa.
Com o ex-lateral direito no banco, a equipe venceu os maranhenses no Pacaembu para avançar e ganhou de Goiás, Vitória e Figueirense na liga nacional, começando a nona rodada a quatro pontos do líder.
“Demos uma melhorada na classificação no Brasileiro com um início muito bom e o time continua bem após as últimas derrotas.
E também passamos de fase na Copa do Brasil. Consegui o que pensávamos: deixar o Palmeiras na melhor condição possível para o Ricardo pegar o time em uma classificação melhor”, exaltou Alberto, que avalia já ter ajudado Kleina treinando quem não era relacionado e se dispõe a fazer o mesmo com Gareca.
A preocupação do interino é não se tornar uma sobra para o argentino. “Desde que fui ser auxiliar no Atlético-PR, em 2012, sempre deixei claro que quero ser treinador e o Omar (Feitosa, gerente de futebol do Palmeiras) já sabia disso quando me trouxe neste ano.
Mas sempre tive um ótimo relacionamento com todos os treinadores com quem trabalhei e também terei com o Ricardo. Não quero roubar o lugar de ninguém”, declarou.
“Passei por um período importante como auxiliar no Atlético-PR e aqui e, agora, vivo uma experiência fantástica que está valendo demais, um aprendizado diário.
Estou atento a todos ao meu redor para aprender tudo e pegar o máximo dos treinadores para, amanhã, fazer uma grande carreira. Mas não coloco data para ser técnico”, prosseguiu Alberto, que chegou a ser cotado para assumir o Atlético-PR neste ano por conta dos bons resultados no Palmeiras.
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