Chiellini reclamou com árbitro, mas Suárez não foi expulso durante o jogo entre Itália e Uruguai (Foto: Reuters)
O excesso de vontade de Luis Suárez que o recolocou de volta aos gramados menos de um mês após operar o joelho tem lá seu preço. Nesse caso, nove jogos de suspensão, além de ser banido por quatro meses de qualquer atividade ligada ao futebol.
Foi essa a punição da Fifa ao jogador uruguaio pela mordida no zagueiro italiano Chiellini, na vitória por 1 a 0 que classificou a Celeste para a segunda fase da Copa do Mundo. Com isso, ele não vai a campo no duelo contra a Colômbia, neste sábado (28), no Maracanã, pelas oitavas de final do Mundial.
O comitê decidiu que o jogador infringiu o artigo 48, parágrafo 1, e artigo 57, ato antidesportivo. Será suspenso nove jogos, a partir do jogo entre Uruguai e Colombia. O lance da mordida em Chiellini aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo.
Depois de cruzamento na área, Suárez fingiu que disputaria a bola com o zagueiro, mas mordeu o ombro esquerdo do italiano. O árbitro mexicano Marco Rodríguez nada viu e não puniu o uruguaio.
De acordo com o jornal uruguaio "Ovación", a estratégia de defesa dos uruguaios baseou-se na argumentação de que não houve mordida, mas apenas um choque casual de jogo, sem poder precisar exatamente se no ombro, na nuca ou no pescoço do defensor italiano. Além disso, a defesa sugeriu que o defensor italiano já tinha uma lesão no ombro.
Ainda segundo a publicação uruguaia, foram apresentados vídeos, fotos e textos jurídicos para defender o jogador, que ficou em Natal e não deu qualquer tipo de declaração. Já o diário “El Observador” informou que uma carta de 17 páginas foi apresentada ao tribunal.
Nada disso, porém, serviu para convencer o comitê formado por 19 integrantes, muitos deles de países sem grande tradição no futebol. O presidente é o suíço Claudio Susler, o vice é Kia Tong Lim, de Singapura. E os demais são de Venezuela, Paraguai, Congo, Estados Unidos, África do Sul, Argélia, Eslovênia, Irlanda do Norte, Tonga, Equador, Panamá, Ilhas Cayman, Ilhas Cook, Paquistão, Suécia e Austrália.
Essa não é a primeira vez que Luis Suárez está envolvido em um caso de mordida em um companheiro de profissão. Quando ainda jogava pelo Ajax, da Holanda, o uruguaio mordeu o atacante Bakkal, do PSV, em 2010. No ano passado, o jogador do Uruguai repetiu o ato jogando pelo Liverpool contra o zagueiro sérvio Ivanovic, do Chelsea. Por ser reincidente, pegou dez jogos de suspensão.
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