Bom Senso mostra apoio ao Proforte, mas quer melhorias na lei

7/7/2014 18:32

Bom Senso mostra apoio ao Proforte, mas quer melhorias na lei

Jogadores integrantes do movimento pedem uma especificação mais clara na questão dos salários e dos direitos de imagem dos atletas

Bom Senso mostra apoio ao Proforte, mas quer melhorias na lei

Jogadores se reuniram nesta segunda-feira no Rio de Janeiro (Foto: Raphael Martins)



Na tarde desta segunda-feira, representantes do movimento Bom Senso se reuniram na sede do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (SAFERJ). O encontro serviu para demonstrar que o movimento não está desmobilizado por causa da Copa do Mundo, além de reforçar propostas como a mudança do calendário, o Fair-Play Financeiro e mostrar apoio ao Proforte.



Estiveram no encontro os goleiros Dida, do Internacional, e Fernando Prass, do Palmeiras, o zagueiro Fael, do Bahia, o ex-volante do Atlético-MG, Gilberto Silva, o atacante Barcos, do Grêmio, e o presidente do Sindicato dos Atletas, Alfredo Sampaio.



O ponto central da pauta foi a questão salarial dos jogadores, com relação aos direitos de imagem. Para o Bom Senso, esse ponto precisa ser mais especificado no texto do Proforte.



– Nosso pensamento é que a lei seja melhorada. Falta clareza, principalmente no que diz respeito aos rendimentos dos jogadores. O que é salário e o que é direito de imagem? Mas nós somos a favor do Proforte e do equacionamento das dívidas dos clubes – ponderou o goleiro Dida.



Os jogadores querem esgotar todas as instâncias de negociação. Mas não descartam uma ação mais extremada, como uma paralisação.

– Estamos negociando com todas as partes, entre elas a CBF e os clubes. O sindicato respalda as nossas reivindicações, que entendemos serem benéficas para o futebol. O pensamento de uma ação mais contundente existe por parte dos atletas, mas vamos esgotar todas as instâncias – completou o goleiro do Inter.

Fernando Prass reconheceu que não está sendo fácil negociar com a CBF, mas o o goleiro do Palmeiras afirma que também é do interesse dos dirigentes do futebol brasileiro que haja uma mudança.



- Está sendo difícil sentar com eles para conversar, mas acreditamos que há uma sensibilidade da parte deles com relação ao problema. Um futebol melhor é bom para dirigentes, clubes, emissoras de TV, patrocinadores, enfim... Um produto melhor significa algo mais rentável para todos. Não pode, por exemplo, o Brasil ter uma média de público inferior a do campeonato dos Estados Unidos, onde o futebol é o quarto ou quinto esporte - disse o goleiro.



Por sua parte, o presidente do Sindicato dos Atletas, Alfredo Sampaio, tratou de demonstrar apoio ao movimento. Porém ele mostrou preocupação pelo fato das eleições poderem atrasar a aprovação do Proforte. Sampaio pediu uma ação da presidente Dilma Rousseff.



- Esperamos que a presidenta nos ajude e tome uma atitude para que a lei seja aprovada. Nós desejamos que isso ocorra até agosto. O fato de haver eleições, e isso atrapalhar o andamento da aprovação, preocupa. Mas até o momento a coisa caminhou bem, e esperamos que assim continue - disse Alfredo Sampaio.











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