Armando Marques na época em que se destacava nos gramados (Foto: Arquivo)
Armando Marques, ex-árbitro e ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, morreu na madrugada desta quinta-feira, no Rio de Janeiro.
Ele tinha 84 anos e, na última terça-feira deu entrada no CER Leblon (Coordenação de emergência regional) apresentando um quadro muito grave de insuficiência renal, não resistindo.
Armando apitou partidas importantes ao longa da extensa carreira, tendo sido considerado o melhor árbitro brasileiro. Ele comandou as decisões dos dos Campeonatos Brasileiros de 1962 a 71, 73 e 74, além das finais dos Campeonatos Cariocas de 1962, 65, 68, 69 e 76, dos Paulistas de 1967, 71 e 73 e do Mineiro de 1967.
Marques apitou ainda o jogo de estreia do Estádio Olímpico de Munique, na Alemanha, em 1972, entre Alemanha e União Soviética.
Apesar de todo este currículo, a carreira de Armando Marques ficou marcada também por polêmicas. No Paulista de 71, anulou um gol legítimo do Palmeiras, marcado por Leivinha, o que ajudou o São Paulo a ser campeão. Já em 1973, também pelo Estadual de São Paulo, encerrou a cobrança de pênaltis quando o Santos vencia por 2 a 0, e a Portuguesa ainda tinha possibilidade de empate. O equívoco resultou na divisão do título entre as equipes.
Já no ano seguinte, no Brasileiro, anulou um gol legal do cruzeirense Zé Carlos, quando o Vasco vencia por 2 a 1. O empate dava o título à equipe mineira, mas a vitória cruz-maltina levou a taça para São Januário.
Armando comandou ainda a Comissão Nacional de Arbitragem por oito anos, sendo afastado em 2005, após denúncias sobre manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro daquele ano, que teve o envolvimento dos árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon.
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