Bom Senso FC quer implantar fair play financeiro até 2016

17/3/2014 13:56

Bom Senso FC quer implantar fair play financeiro até 2016

Movimento de jogadores sugere a criação de uma entidade regularizadora, com custo estimado em R$ 3 milhões, para colocar em prática o jogo limpo financeiro no Brasil

Bom Senso FC quer implantar fair play financeiro até 2016

Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press



O Bom Senso FC apresentou na manhã desta segunda-feira a proposta de fair play financeiro para o futebol brasileiro.



Em evento realizado no auditório da Univerdade Nove de Julho (Uninove), na Barra Funda, em São Paulo, os goleiros Dida (Internacional), Fernando Prass (Palmeiras) e Roberto (Ponte Preta) foram responsáveis por explicar a estratégia idealizada pelo grupo.



Antes do debate do trio com a imprensa, o consultor de conteúdo do movimento Pedro Daniel divulgou os detalhes do projeto de jogo limpo financeiro, que envolve a criação de uma entidade regularizadora até 2016, cujo o custo inicial para a manutenção está avaliado em R$ 3 milhões.



A ideia é formatar um sistema de controle de finanças, com a garantia de vários pré-requisitos.



- Nossas fontes seriam oriundas de diversos segmentos, como a CBF, o Governo Federal e até mesmo os jogadores. Vamos estudar todas as opções - declarou Pedro Daniel.



A entidade regularizadora será responsável por representar os interesses dos funcionários (jogadores, membros de comissão técnica, entre outros), articular as necessidades dos clubes, comunicar prazos, avaliar documentações e monitorar o cumprimento de pagamento de salários (mediante a apresentação de comprovantes).



Os mais de 600 clubes registrados na CBF seriam obrigados a colaborar com o envio de documentações financeiras.

Antes da criação da entidade, os clubes precisam se adequar a algumas propostas. Eles não podem, por exemplo, ter déficit acima de 10% da renda total nos dois primeiros anos.



Em seguida, entre o terceiro e o quarto ano, não podem ter déficit acima de 5%. Por fim, nenhum déficit a partir do quinto ano. Além disso, o custo total do clube não pode ser superior a 70% da renda total. Eles também precisam incentivar a distribuição de renda, padronizar demonstrações financeiras, mostrar o endividamento e garantir compromissos.



Inicialmente, para ajudar a implantação de todas as propostas, a entidade vai oferecer cursos profissinalizantes para os dirigentes, principalmente para os responsáveis por times pequenos. Será criado ainda um comitê gestor, com jogadores, dirigentes, imprensa e membros de federações, para acompanhar a evolução do projeto.



Assim como as propostas, as punições também são diversas. Os clubes que não cumprirem os compromissos poderão sofrer multas, perdas de pontos em competições, vetos de inscrição de novos jogadores, retenção de verba e até mesmo desclassificação de torneios.







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