Com gol de Kardec, São Paulo vence no fim e manda Palmeiras para o Z-4

18/8/2014 07:34

Com gol de Kardec, São Paulo vence no fim e manda Palmeiras para o Z-4

Centroavante, vaiado a cada toque na bola por sua antiga torcida, faz belo gol de cabeça e define clássico marcado por erros e nova saída de Valdivia

Com gol de Kardec, São Paulo vence no fim e manda Palmeiras para o Z-4

Alan Kardec marca no fim e dá a vitória ao São Paulo sobre o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)



Frustração

Valdivia

O chileno era o melhor do jogo quando levou a mão na coxa, caiu e saiu alegando tontura, aos 13 minutos do primeiro tempo. O time piorou sem ele.



vaiado

Alan Kardec

No primeiro reencontro com o ex-clube, o são-paulino foi vaiado sempre que pegou na bola, mas respondeu ao marcar pela quinta vez no nacional.



arbitragem

impedimentos

O assistente Silbert Faria Sisquim, carioca, deu dois impedimentos errados de Kaká, que sairia na cara do gol. Atrapalhou o São Paulo.



Nada que se pudesse falar do clássico até os 43 minutos do segundo tempo teve importância depois que Alan Kardec recebeu cruzamento, subiu e cabeceou, num movimento de manual de instruções, no cantinho esquerdo do gol palmeirense.



Daqueles capítulos que se repetem invariavelmente. O ex-jogador troca um rival por outro numa transferência polêmica e, no primeiro reencontro, faz o gol. E comemora.



O centroavante roubou a cena e decretou a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o Palmeiras, que entrou no Z-4. Já o Tricolor, com 26 pontos, está em quinto, colado no Fluminense.



Por causa de Kardec, os presidentes dos clubes romperam. Nem se falam mais. Foram R$ 13,7 milhões pagos pelo São Paulo ao Benfica depois de o Verdão não chegar a acordo financeiro com o atleta. O Tricolor vai curtir cada centavo gasto neste domingo. A cabeçada do atacante definiu o placar de um jogo marcado muito mais por erros do que acertos.



Erros com mãos, pés e braços do goleiro Fábio, do zagueiro Edson Silva (ou do árbitro Péricles Bassols), do bandeirinha, dos zagueiros, atacantes... Viu-se no Pacaembu dois times limitados, por motivos distintos, mortos de medo de levarem gols no primeiro tempo e mais corajosos no segundo, o que tornou o clássico divertido e emocionante.



Os primeiros 45 minutos não merecem mais do que poucas linhas, apenas para dizerem que o melhor em campo disputou apenas 13 minutos e o lance mais importante foi justamente sua lesão.



Coxa ou olho? Valdivia colocou a mão na parte posterior da perna direita, caiu com as mãos no rosto e, segundo o médico, teve de ser trocado por Felipe Menezes por conta de uma tontura.



No hospital, foi constatada uma fratura no nariz do chileno. O bizarro foi a informação de que a lesão ocorreu num treino na quarta-feira.





Valdivia sai de maca, aos 20 minutos do primeiro tempo (Foto: Marcos Ribolli)



O Mago parecia enfeitiçado pelas belezas que viu nas férias na Disney. Foi o único que mereceu elogios, apesar do pouquíssimo tempo de ação. Driblou, sofreu falta, cobrou, armou... E saiu.



O final nada feliz com o qual os torcedores do Palmeiras já se acostumaram. O Palmeiras murchou sem ele, e o São Paulo foi o que também costuma ser. Um amontoado de bons jogadores (do meio para frente) que parecem viver cada um num planeta, totalmente desorientados e desordenados.



Juntos, Ganso, Kaká, Pato e Alan Kardec valem milhões. Mas eles raramente estão juntos. Digamos que isso ocorreu por cerca de dez minutos neste domingo. Poderia ter sido suficiente para garantir uma vitória sem sustos. O goleiro Fábio errou a reposição nos pés de quem nunca pode receber um presente: Ganso. Ele rolou para Pato, que abriu o placar.



O baque alviverde foi grande. Nos minutos seguintes, Kaká deu lindo passe para Kardec, que bateu mal. E o assistente Silbert Faria Sisquim errou feio ao dar impedimentos em lances legais, em que Kaká avançaria livre rumo ao gol.



O Verdão renasceu. Felipe Menezes chutou, e a bola bateu no braço de Edson Silva. Para alguns, não houve intenção, para outros, incluindo-se o árbitro, houve. Então, pênalti, muito bem batido por Henrique: 1 a 1.



O São Paulo voltou a ser um catado sem grandes destaques individuais. No Palmeiras, o menino Renato, à frente dos zagueiros e com volúpia para ligar os setores, mostrou que há esperança. Henrique poderia ter dado o presente do centenário aos alviverdes.



Livre após defesa de Rogério Ceni, ele recebeu de Leandro e, sem goleiro, furou. Seu erro salvou o erro do outro assistente, Rodrigo Correa, que não marcou impedimento de Leandro no lance.



O castigo veio em seguida: Alvaro Pereira cruzou, Kardec subiu mais que Victor Luís e escreveu ainda mais seu nome na história do confronto. Com a vitória, o São Paulo chega a 26 pontos, em quinto, colado no G-4. Já o Palmeiras, sem vencer há nove rodadas no Brasileiro, vê o Z-4 como realidade.









3564 visitas - Fonte: Ge

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