OFF: CBF e Bom Senso apoiam fair play financeiro e punição a dirigentes

20/8/2014 15:45

OFF: CBF e Bom Senso apoiam fair play financeiro e punição a dirigentes

Vilson Ribeiro, presidente do Coritiba, e Ricardo Borges Martins, diretor do Bom Senso, explicaram as propostas da Lei da Responsabilidade Fiscal

OFF: CBF e Bom Senso apoiam fair play financeiro e punição a dirigentes

Apesar de ainda divergirem em alguns pontos em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que tem votação prevista para depois das eleições de outubro, tanto CBF como Bom Senso FC apoiam a criação do fair play financeiro e também a punição esportivas a clubes e a dirigentes em caso de falha no pagamento das dívidas (assista ao vídeo).



Em debate no Arena SporTV, na tarde desta quarta-feira, o presidente Vilson Ribeiro, do Coritiba, que representa os clubes nas discussões, falou sobre o atual momento dos clubes brasileiros.



- É o início de uma mudança conceitual dentro do que chamamos de gestão profissional dos clubes, que tem um déficit orçamentário com receita grande para o futebol. Se não houver uma lei, não vamos implementar essa disciplina orçamentária. Não se pode buscar nada no futebol se não tiver responsabilidade de gestão. O clube tem de ser do tamanho que é, senão vive de ilusão – destacou ele.



- Muitos clube não têm como manter os planteis que mantém com o objetivo de buscarem o título e sacrificam suas receitas, seu lado financeiros por culpa do apelo da arquibancada. O dirigente é um apaixonado que fica um período e sai e esse modelo não tem seguimento. O apelo da arquibancada é muito maior do que o modelo de gestão – disse.



O dirigente afirmou que a dívida dos clubes esportivos do país chega a R$ 4 bilhões e que a negociação com o Governo é pela forma de pagamento. Os clubes propõem em 240 meses e correção pela taxa Selic, com 100% de desconto nas multas e 50% nos juros.



- A grande questão desse programa é a contrapartida dos clubes, a responsabilização dirigente é importante. Ele tem que ter responsabilidade na sua gestão. O clube punido e o dirigente também. Que fique cinco ou seis anos sem exercer atividade esportiva. Se você tem um orçamento de R$ 100 milhões, viva com R$ 100 milhões, e não com R$ 200 milhões - pediu.



Diretor-executivo do Bom Senso FC, Ricardo Borges Martins diz que a proposta conjunta é que um órgão autônomo assuma o papel de fiscal e acompanhe se os clubes estão cumprindo os acordos para o pagamento de dívidas fiscais e trabalhistas - se não estão gastando mais do que arrecadando e outros pontos previstos na LRFE (Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte), assim como aplicar punições.



- Temos que olhar para a causa, não adianta apenas punir depois.



Tem de ter esse acompanhamento. O fair play financeiro é algo preventivo. Haverá um acompanhamento bimestral. Sobre rebaixamento, não queremos que o campeonato seja prejudicado no meio do jogo e vá para o tapetão. Punições desportivas são futuras. O clube seria rebaixado para o ano seguinte. E rebaixamento é sempre a última punição, tem de errar por muito tempo para ser rebaixado. Primeiro há uma advertência e outras punições antes de chegar nisso – explicou.



O Bom Senso sugere que os clubes usem apenas 66% do seu orçamento nos gastos com futebol. Vilson Ribeiro, porém, acha que a porcentagem é pequena em clubes que são focados apenas em futebol, sem outras modalidades.







2763 visitas - Fonte: Sportv

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