Promotores do MP-SP concederam coletiva nesta quinta-feira (Foto: Bruno Andrade)
O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no cumprimento do Estatuto do Torcedor. Visto que os clubes têm reclamado do alto custo da segurança pública nos estádios, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, que é contra a presença da Polícia Militar dentro dos palcos esportivos, enviou um comunicado à Federação Paulista de Futebol cobrando explicações.
O MP-SP espera receber em até 20 dias as seguintes respostas: relação de todas as competições organizadas pela entidade, relação de todos os clubes filiados, informações sobre os instrumentos adotados em atenção ao princípio da transparência financeira dos clubes, relações de torcedores impedidos de entrar nos estádios e uma avaliação da segurança público.
- Não é papel da Polícia Militar cuidar de um evento totalmente privado. Não tem sentido deslocar a Polícia Militar para isso. Hoje, existe uma lei estadual que libera a cobrança de uma taxa para isso acontecer. Não era para ter uma lei que permita isso.
Quem está promovendo o evento tem condições de pagar por uma segurança particular. Vamos investigar tudo isso. Volto a dizer:
não se pode pagar policial para ficar dentro de campo - declarou Marcelo Milani, promotor de Defesa do Patrimônio Público, em coletiva nesta quinta-feira.
- Temos visto vários desmandos em relação ao Estatuto do Torcedor. Ainda estamos colhendo informações em cima das suspeitas, não temos nada concreto. Mas precisamos apurar. Hoje, infelizmento, não existe um acompanhando permanente. O inquérito civil está em face da Federação Paulista de Futebol porque ela é a organizadora do futevol em São Paulo. Mas os clubes também serão ouvidos, eles fazem parte direta da nossa investigação.
Queremos ver se todos estão cumprindo o Estatuto do Torcedor - complementou,
Os dirigentes da FPF e também dos clubes que não colaborarem com a investigação poderão ser afastados do cargos.
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